


Diário de Cochabamba: sábado, 08 de Novembro de 2008.
Acordo já o com o sol quente e brilhando. Ver as Cordilheiras dos Andes de minha janela é algo simplesmente fantástico. A cidade está no meio de um vulcão desativado. Banho, café e fechar os documentos para impressão. Uma correria básica que antecedeu nosso dia de bater penas pelas ruas de Cochabamba. Um táxi nos leva ao centro da cidade. Estamos à procura de artesanatos e eletroeletrônicos que aqui são baratos. Caminhamos umas duas horas, pergunta para um pergunta para outro e fomos parar em nosso escritório local. Interrompemos uma reunião, mas conseguimos a informação certa. Andamos uma longa distancia. Na rua é incrível como as pessoas vendem comidas. Tem de tudo pão; bolo; carnes fritas; sementes das mais variadas tostas – algumas salgadas outras doce – espigas de milho branco (Choclo); rosquinhas doces – algumas com cobertura de chocolate, enfim... a impressão que tenho é que um hábito local é comer na rua. Entramos em uma feira de rua e nela vendia de tudo: comida, roupa, móveis, eletrodomésticos, brinquedos, mais um milhão de outras coisas. Passamos pela Rodoviária local. Em um dos morros observo uma variedade de carros estacionados, descubro que é uma feira de venda de carros, com alguns milhões de bolivianos poderíamos sair de lá com uma Pajero, ou uma Toyata, enfim, a explicação foi que era um meio-contrabando, meio-ilegal... rsrsrs... caminhamos por toda a feira visitando as “tiendas”. Comprei para uma jarra que ferve água em 45 segundos, uma maravilha moderna, que eu conheci no Quênia e que agora tem uma na minha mala. Passamos por uma loja que vendia louças brasileiras, o vendedor pediu para ensinar-lhe a falar algumas frases em português, dentre elas: “Fala mais devagar, por favor!”. Em seguida entramos numa loja de enfeites natalinos e minha amiga “se quedo loca” e comprou um monte de enfeites, bolas douradas e de diferentes tamanhos para sua árvore de natal, velas, castiçais e até uma estrela dourada para colocar na ponta da árvore. Tivemos eu comprar uma bolsa de feira dessas com desenho no padrão xadrez, para colocar as coisas. Voltamos para o hotel com as compras e quase 4 da tarde fomos almoçar no restaurante brasileiro que servia feijoada. A caipirinha de maracujá com cachaça, foi a melhor que já tomei até hoje. Voltamos ao hotel, a após um banho e algumas horas assistindo filmes que já assisti algumas vezes, resolvo dar uma volta ao redor do hotel. Tem muito jovens na rua e todos estavam bebendo, em frente aos bares, restaurantes e boates que tem aqui na região de EL PRADO. O bairro que estávamos é um bairro universitário, então é comum – segundo o povo local – encontrar jovens bebendo durante a noite toda. Volto ao hotel e da sacada da minha janela fico admirando a noite cochabambina e vou deitar – a comida não me caiu muito bem, a noite foi complicada.