segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Diário de Cochabamba: sábado, 08 de Novembro de 2008.









Diário de Cochabamba: sábado, 08 de Novembro de 2008.

Acordo já o com o sol quente e brilhando. Ver as Cordilheiras dos Andes de minha janela é algo simplesmente fantástico. A cidade está no meio de um vulcão desativado. Banho, café e fechar os documentos para impressão. Uma correria básica que antecedeu nosso dia de bater penas pelas ruas de Cochabamba. Um táxi nos leva ao centro da cidade. Estamos à procura de artesanatos e eletroeletrônicos que aqui são baratos. Caminhamos umas duas horas, pergunta para um pergunta para outro e fomos parar em nosso escritório local. Interrompemos uma reunião, mas conseguimos a informação certa. Andamos uma longa distancia. Na rua é incrível como as pessoas vendem comidas. Tem de tudo pão; bolo; carnes fritas; sementes das mais variadas tostas – algumas salgadas outras doce – espigas de milho branco (Choclo); rosquinhas doces – algumas com cobertura de chocolate, enfim... a impressão que tenho é que um hábito local é comer na rua. Entramos em uma feira de rua e nela vendia de tudo: comida, roupa, móveis, eletrodomésticos, brinquedos, mais um milhão de outras coisas. Passamos pela Rodoviária local. Em um dos morros observo uma variedade de carros estacionados, descubro que é uma feira de venda de carros, com alguns milhões de bolivianos poderíamos sair de lá com uma Pajero, ou uma Toyata, enfim, a explicação foi que era um meio-contrabando, meio-ilegal... rsrsrs... caminhamos por toda a feira visitando as “tiendas”. Comprei para uma jarra que ferve água em 45 segundos, uma maravilha moderna, que eu conheci no Quênia e que agora tem uma na minha mala. Passamos por uma loja que vendia louças brasileiras, o vendedor pediu para ensinar-lhe a falar algumas frases em português, dentre elas: “Fala mais devagar, por favor!”. Em seguida entramos numa loja de enfeites natalinos e minha amiga “se quedo loca” e comprou um monte de enfeites, bolas douradas e de diferentes tamanhos para sua árvore de natal, velas, castiçais e até uma estrela dourada para colocar na ponta da árvore. Tivemos eu comprar uma bolsa de feira dessas com desenho no padrão xadrez, para colocar as coisas. Voltamos para o hotel com as compras e quase 4 da tarde fomos almoçar no restaurante brasileiro que servia feijoada. A caipirinha de maracujá com cachaça, foi a melhor que já tomei até hoje. Voltamos ao hotel, a após um banho e algumas horas assistindo filmes que já assisti algumas vezes, resolvo dar uma volta ao redor do hotel. Tem muito jovens na rua e todos estavam bebendo, em frente aos bares, restaurantes e boates que tem aqui na região de EL PRADO. O bairro que estávamos é um bairro universitário, então é comum – segundo o povo local – encontrar jovens bebendo durante a noite toda. Volto ao hotel e da sacada da minha janela fico admirando a noite cochabambina e vou deitar – a comida não me caiu muito bem, a noite foi complicada.

sábado, 8 de novembro de 2008

Diário de Cochabamba: sexta-feira, 07 de Novembro de 2008.




Diário de Cochabamba: sexta-feira, 07 de Novembro de 2008.

A noite foi um pouco melhor, consegui dormir um sono só. De manhã estava muito frio, então a caminhada ficou para o final do dia. A rotina de trabalho do dia foi à mesma, ou melhor, mais pesada ainda, porém não ficamos trancados o dia todo. Andamos de carro pela cidade, aliás, aqui um parêntesis (a aqui não tem guarda – ou polícia – de trânsito o que torna o trânsito um pequeno caos; a lei é a buzina, isso torna a cidade um pouco barulhenta; os motoristas e passageiros não usam cinto de segurança; o colega de trabalho local informou de cada 5 carros particulares 3 são dirigidos por mulheres.). Fomos visitar o hotel 5 estrelas onde será o evento http://www.lacoloniahotel.com/. O hotel mistura uma linguagem arquitetônica entre o que aqui chama de colonial do lado antigo e do outro uma arquitetura moderna, mais clean, quartos com móveis modernos, Internet sem fio, enfim, acho que todos vão gostar. O salão onde acontecerão as plenárias é um salão de festa, como aqueles bem antigos com direito a um conjunto de candelabros e espelhos gigantes em molduras douradas nas paredes. Tive que fazer algumas análises técnico-pedagógicas para a organização do local, enfim estrutura e logística de como funcionará o evento. Claro pedi para ficar em um quarto individual. O legal é que tem uma piscina pequena – que ninguém usa por causa do frio – e uma sala de ginástica com duas saunas, vou tentar aproveitar bastante. Voltamos ao hotel, e vou descansar um pouco, responder alguns e-mails e começo a revisar, editar e configurar um documento de mais de 50 páginas em espanhol, isso me tomou como duas horas de trabalho. Em seguida volto a me reunir com minha amiga de trabalho para dar continuidade no material que usaremos na oficina e para pensar a metodologia de trabalho da semana, paramos de trabalhar era quase meia noite. Outro banho demorado e cama, dessa vez sem forças nem para zapear a tv que ficou ligada com o sleep ligado e dormi, esperando o sábado, que tiramos para descansar e caminhar pela cidade, conhecer o centro velho e fazer umas compritchas... até amanhã. A trilha sonora do dia ficou entre Nouvelle Vague e Esperanza Spalding.

Diário de Cochabamba: quinta-feira, 06 de Novembro de 2008.



Diário de Cochabamba: quinta-feira, 06 de Novembro de 2008.

A noite anterior não foi muito boa, estranhei tudo a cama, o local, a temperatura, a altura, enfim... tive que me adaptar durante a noite para o dia de corre-corre que se desenhava. Colo uma bermuda, camisa e tênis e saio para caminhar. Uma volta na avenida principal, e algumas tentativas de jogging. Porém dada a altitude depois de 15 minutos correndo, descobri que não era uma boa pedida, então volto a caminhar. Tudo aqui é bonito, limpo e colorido. A cidade está como dentro de um vale de montanhas, mas as montanhas aqui estão muito perto. Tem um mirante com a estátua de Cristo, que dá pra ver da minha janela. A praça bem limpa, a igrejinha – que o nome da santa é Hospício, ao lado a Comunidade Hospício de Cristianos. Retorno ao hotel depois de mais de caminhando. No café da manhã descobri que usar o aparelho ortodôntico e ser pontual é um desafio. Escovar os dentes tem se transformado numa tarefa difícil e obsessiva. Vamos a “oficina” de Cochabamba, a receptividade é muito boa, o povo aqui gosta muito de brasileiros, tem até uma recepção diferenciada. O prestígio é tanto que temos uma sala separada somente para nosso trabalho. O dia de trabalho é pesado, revisa documento escreve documento, li documentos em inglês, em espanhol e outros em português – um desafio e excelente exercício para o cérebro que começa a misturar o espanhol e o português. Fico me cobrando porque não paro para estudar esse idioma, afinal tenho que admitir sem vergonha nenhuma, gosto do idioma espanhol. O almoço é uma aventura gastronômica um pouco arriscada, uma parrilhada, com chouriço, carne vermelha, carne branca (galinha e porco) e alguns miúdos que tive que provar – afinal quero evitar gafes culturais - e que definitivamente. Voltamos ao escritório para mais uma jornada de reuniões – chatas – entre skype, MSN e e-mails. Não vejo o dia passar, trancado dentro de quatro paredes me aborrecendo com coisas que não farão diferença nenhuma na minha vida, se quer amanhã. Jantamos yakissoba e voltamos para o hotel. Um banho quente e demorado. Tento escrever, mas estou muito cansado. Zapeando a teve o sono vem, espero conseguir dormir bem e que o dia de amanhã seja mais interessante do que foi o dia de hoje.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Diário de Cochabamba: quarta-feira, dia 05 de Novembro de 2008.




Diário de Cochabamba: quarta-feira, dia 05 de Novembro de 2008.

O dia começa bem e promete. Bom como vou viajar me dei alguns pequenos luxos. De café da manhã pastel e caldo de cana e excelente companhia. Saio correndo. Chego em casa e ainda tenho que fechar a mala, responder mensagens fazer reuniões virtuais, dar e receber orientações... Encaminhamentos, encaminhamentos, encaminhamentos (homenagem a minha amiga assistente social). Na mala: uma cueca para cada dia, uma meia para cada dia, jeans (bom esse dá pra repetir), bermudas (diferentes cores e tamanhos), uma jaqueta, algumas camisas, duas batas (companheiras de sempre)... será que esqueci algo ? Amanhã saberei... são 14h30m saio correndo de casa e ainda tenho que passar no escritório, assino isso e aquilo e coisas que nem sei porque estou assinado. To atrasado, já passam das 15h e eu deveria estar no aeroporto as 15h. O taxista conta tantas histórias e eu quase não ouvi nenhuma. Meus olhos estão no trânsito, viramos aqui trânsito, viramos ali trânsito, todos os “atalhos” estão cheios de gente como eu, atrasadas, apressadas, estressadas... chegamos ao aeroporto, exatamente uma hora antes do vôo... ninguém mais no check-in, a atendente ouve a desculpa de sempre: “O trânsito está impossível nessa cidade!” ela me informa que já tinha iniciado o embarque, outra correria... tira laptop da mala, o cinto, o óculos, a carteira, as moedas, os celulares... passei pelo raio X, ufa!!! O portão é o 16, e a fila estava grande. Pergunto a um senhor “esta fila és para el vuelo para bolivia?” e a resposta: “Si!” Logo a frente está minha amiga brasileira, a mesma da viagem anterior, trocamos um sorriso de “bom te ver”. Assim que passa a porta de embarque nos encontramos e abraçamos, muitas coisas para contar, histórias e estórias daqui e de acolá. Poltrona 18D, corredor, menos mal, odeio sentar no meio... bom acho que qualquer pessoa de bom juízo odeia sentar no meio. Ao meu lado, um adolescente boliviano e seu pai. Mas que rápido saco os documentos que tenho que ler antes de começar a Oficina. Lembro aqui do meu amigo Google, que diz que ninguém faz essas leituras previamente ao não ser durante o vôo. “É meu caro! Mais uma vez você está certo!” Vou sentir falta de tê-lo por perto, afinal é você quem está levantando vôo. A aeromoça Fernanda S deixa seu crachá cair logo ao lado da minha poltrona. Estou com o crachá dela na mão e o adolescente espia, mais que uma vez, e eu mostro para ele. Ele me pergunta: “És brasileña?“, “Si, por que?” “Por que és muito bonita!”. Sorrio e volto a leitura. No Ipod Petshop Boys e Marisa Monte. Chegamos a Santa Cruz de La Sierra – Conexão para Cochabamba. Na fila de imigração, a oficial pergunta sobre minha vacina de Rubéola? ? ? Bom, disse que não tinha a carteirinha desta vacina (lembrei que na verdade não tomei ainda – tarefa para fazer quando voltar para casa), mostrei a de febre amarela e ela se contentou. Novamente ninguém me perguntou nada, simplesmente pegou o folheto azul preenchido com meus dados e meu passaporte e CARIMBO!!!! Sentamos num café, e: “Por favor, duas cocas, uma Light e outra Zero e um café expresso”. Após ouvir mais histórias divertidas, felizes e alegres, continuamos para o embarque. Mais 40 minutos de vôo e conversas infinitas e não conclusivas sobre trabalho e a Oficina que vamos fazer. Na hora do pouso uma tensão, pois sou informado que, de vez em quando os pilotos iniciam o pouso, mantém a velocidade e volta a subir.... o piloto simplesmente “joga” quase literalmente no chão. Enfim a rotina, bagagem táxi e chegamos no Hotel Regina - http://www.hotelreginabolivia.com/ - simpático, Internet muito boa, tv com vários canais, cama boa e banheiro mais ou menos. Vamos jantar em um bar chamado Brazilian Coffe, que é de um Italiano que serve comida Japonesa. Acompanha os urumakis 5 Huaris. Descobri depois da terceira que o grau é de 4,8% de álcool. Regressamos e cada um para seu andar e respectiva habitación e banho, cama e TV. A noite não foi muito boa, acordei várias vezes, estranhei a cama, o quarto, o sono foi picado, acho que não vou dormir muito. Bom, até amanhã!

Diário de Cochabamba




No Passaporte mais um carmbo:
República de Bolívia
Ministério de Gobierno
05 Nov 2008
021 SC - 20 AB - 02
Servicio Nacional de Migracion

No Boarding Pass
Pontes - Raniere
Sao Paulo - GRU
Santa Cruz - VVI
Aerosur
Flight: 301 - 05Nov500P
Gate: 16 - 15h30m - Seat: 18D

Santa Cruz - VVI
COCHABAMBA
Aerosur
Flight: 114 B - 05Nov715p
Seat: 24D

Cochabamba é uma cidade simpática da Bolívia.
É a capital do distrito de Cochabamba e terceira maior cidade do mesmo país.
Sua população é de cerca de 500 000 hab.
Localiza-se no oeste do país, numa depressão da Cordilheira oriental a 2560 metros de altitude.
É uma cidade agrícola da Bolivia. Também é um importante centro comercial (feira de produtos agricolas regionais e coca) e indústrial (refinaria de petróleo, indústria alimentícia).
Possui também minas de estanho, prata e cobre.
Núcleo da época colonial, foi fundada em 1574 com o nome de Villa de Oropeza.
Tomou o atual nome em 1786.
Possui uma universidade fundada em 1826.