segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Austrália - Victória - Melbourne: 14 anos de espera para realizar um sonho!

Austrália
Mais uma aventura na vida de "Zé Pequeno*"


Foi tudo de repente! Um troca de mensagens, agendas que não batiam até que um torpedo me avisou: Você vai para a Austrália! Eu estava em Fortaleza-CE quando recebi a confirmação. Já tinha desistido, pois ia ficar muito frustrado, mas aquele torpedo tirou meu sono. Comecei a investigação, precisava de um visto as pressas. Baixei formulários, comecei uma pesquisa sobre informações, lista de documentos que eu precisaria, enfim... 4 dias depois estava eu em Brasília, na Embaixada da Austrália, 5 dias antes da viagem implorando para a moça do consulado para que coloca-se meu pedido na frente dos demais. Ela me olhou com uma cara de "ahã! essa é mais uma extraordinária história, igual as outras 10 que eu já ouvi hoje" mesmo assim, ela colocou um post-it amarelo na minha documentação com a seguinte informação "o solicitante viajará no sábado" e já era terça feira quando dei entrada no meu visto. E após uma confusão de passagens e correria pois eu achei que precisaria fazer exames de saúde (e não precisa para visto de negócios, basta só o certificado internacional de febre amarela), o visto foi liberado eletronicamente na quarta feira, menos de 24 horas depois de que eu dei a entrada! Ufa! Alívio e agora ansiedade pela viagem. Uns diziam que a viagem duraria 20 horas, outros diziam que seria 24 horas, enfim... sai de Sampa no dia dia 20 de Agosto de 2011 as 17h50m, fiz uma conexão em Santiago do Chile. Na mochila um monte de coisas, livros para ler e colorir (isso mesmo, levei um livro de mandalas para colorir) e iphone e ipods carregados com musicas para dormir e curtir a viagem. Depois de duas horas de espera no Chile, parti com destino a Austrália, mas eu não sabia das várias conexões que teria pela frente. E após 12 horas de voo, mais uma parada em Auckland, Nova Zelândia, e lá conheci um casal de Sampa que estava indo de férias para a Austrália visitariam algumas cidades inclusive a cidade de meu destino Melbourne. Após mais duas horas de espera, retornamos a aeronave e partirmos com destino a Sidney. Ver o Opera House e a Baía de Sidney do alto foi emocionante, nessa hora sim, caiu a ficha, p... eu to na Austrália!!! O avião sobrevoou por duas vezes a cidade até pousarmos e esperar um pouco mais de outras duas horas, fiz a última conexão para Melbourne
Uma semana intensa de trabalho me esperava, com reuniões o dia todo e coisas para fazer para o dia seguinte, enfim, a semana foi pesada e no máximo que consegui era caminhar pela manhã no centro da cidade pela Swanston Street (uma curiosidade sobre essa avenida é que foi nela que a banda australia AC\DC gravou um de seus clipes), uma movimentada avenida onde está o centro comercial da cidade (nela você encontra, supermecados, cafés, cinemas, shoppings e restaurantes para todos os gostos, principalmente os asiáticos - tem muito asiático em Melbourne, o pessoal local disse que eles vem para cá para aprender inglê e estudar. Outra avenida que vale a pena caminhar é a Victoria Street, nela você encontrará os Jardins Carlton, o Exibition Building e o Melbourne Museum.

Quando chegou o sábado, fui para o Hostel que eu tinha feito reserva, o Space Hostel de Melbourne. Esse excelente espaço era de um hotel que como muitos foi transformado em um Hostel de alto nível. Você pode reservar quartos individuais, casal ou aventurar-se em um quarto com duas, tres ou quatro beliches. Tudo é limpo, e é mesmo! Os banheiros são limpos o tempo todo. Os quartos tem lockers individuais, cabe tranquilamente suas malas. O Hostel conta também com uma grande cozinha estilo industrial, com geladeiras e armários para armazenamento das suas coisas. Conta também  com uma área externa, com churrasqueira e tudo e de onde você pode admirar uma vista extraordinária da cidade.  Aliás o visual da cidade é uma coisa a parte... se você é uma pessoa urbana como eu, irá adorar o landscape da cidade, arranhacéus se misturam com arquitetura antiga e da época em que a realeza britânica reinava por aqui. Alguns lugares imperdíveis em Melbourne, além dos citados acima são (ordem em que eu visitei):

1. Zoológico de Melbourne: duas conexões de trams (um tipo de trem urbano) e em menos de 20 minutos você vai ver cangurus e coalas =)
2. Aquário de Melbourne: um pinguím aqui e ali, na verdade vários deles... um tubarãozinho e outros tubarões grandões, além de arraias gigantes são algumas das atrações desse lugar que encantará certamente crianças e adultos.
3. Museu de Melbourne: não é dos melhores que eu já fui, mas se você tiver tempo vale a pena uma olhada rápida. A melhor parte é a fauna australiana.
4. Exibition Building: estava fechado, mas vale a pena andar pelo Jardins Carlton.
5. Federation Square: imperdível uma caminhada e um café por esse moderníssimo conjunto e  local das manifestações públicas.
6. Arts Centre: quando estiver caminhando por ali para visitar outros lugares dê uma paradinha vale a pena.
7. Galeria Nacional de Artes de Victória: esse sim vale muito a pena, o acervo é gigante (não o suficiente, porque não achei nada de nenhum artista latino-americano =) as exposições são atrações imperdíveis, eu tive o prazer de ver a exposição de Klimt e amigos, chamada de Viena Arts & Desing.
8. Mercado de Victória: para quem gosta de uma feira livre e fresh-food esse é o lugar. 
9. Shopping Melbourne Central: para os compradores de plantão, esse shopping em cima da estação central de metro reúne de tudo um pouco em relação a compras, também tem uma boa praça de alimentação e um cinema (caro para xuxu!!!)
10. China-Town: uma avenida incrível que faz você ter a sensação de que está realmente em algum lugar - pareceido com a China =) ideal para comer e comprar quin-qui(lharia) =D

Acho que esse é o top-ten. Tem mais coisas que eu estou esquecendo certamente, esse é o problema de fazer registro depois, mas ande pela cidade, ande muito com ou sem mapa. Entre no trenzinho vermelho e dê uma volta pela cidade gratuitamente, isso mesmo o City Circle Tram é um serviço de city-sightseen gratuito e você pode saltar em Dockland (durante o dia) e caminhar e fazer algumas compras, visitar outros museus e andar pelo suburbio. Uma dica é vá no final da tarde para ver o por do sol, é realmente uma vista fantástica.

Amanhã é meu último dia aqui e é possível que a lista acima aumente, mas se isso não ocorrer já dá para ter uma boa noção do que é essa maravilhosa cidade chamada Melbourne.

G´day Mate!


Outros pontos para acrescentar na lista acima são:

1. Museu do Imigrante: se você pegar no centro da cidade TRAM City-Circle, ele lhe deixará na frente deste simpático museu dedicado aos (i-e)migrantes que fizeram a história desse novo país. Você verá as campanhas: a chegada dos primeiros imigrantes (e as doenças e pragas que eles trouxeram), o massacre dos aborígenes a campanha contra a invasão asiática e também participará de uma simulação de entrevista para visto permanente na Austrália. O museu é cheio de histórias pessoais, de imigrantes de toda parte do mundo contando sobre a chegada e a promessa de viver numa terra promissora.
[esse discurso de inclusão e não-preconceito, disseminado pelo museu, foi amplamente colocado em questão pelo taxista “Hamar” um indiano que vive a 15 anos na Austrália (e que deve ter no máximo seus 30 anos de idade), casado, pai de uma filha, e que trabalha há 3 anos no taxi de uma das cooperativas. Hamar diz que o jovem australiano não esta “nem ai com as coisas” (salvaguardando a generalização do discurso que reflete a experiência individual do taxista), ele acrescenta que “o jovem ‘Ausie[i]’ não respeita nada nem ninguém, eles toma um taxi e não pagam a corrida, eu tenho muitas histórias assim para contar” e ainda “os ‘Ausies’ não respeitam os imigrantes que fazem os serviços básicos, o Senhor (se referindo a mim durante a conversa) não vai ver nenhum ‘Ausie’ taxista, ou atendente de uma lanchonete ou mesmo como faxineira num museu, vai ser um imigrante, um indiano, um chinês, um libanês, um árabe ou um romeno.” e a conversa continuo “o problema aqui é que os pais não dão importância a educação para seus filhos, eles pagam boa escola e como isso basta-se, minha filha estuda em escola publica, mas nós (eu e minha esposa) temos tempo para a educação dela dentro de casa, o que não é costume aqui nas Austrália”. Enfim a conversa foi longe, durou os exatos 50 minutos até o aeroporto e dentre as curiosidades estava como era São Paulo e como era o Rio de Janeiro e se a corrida de taxi era cara J!!!

2. Parques, passeios pelo rio e subúrbios: atravessando a ponte “Queen Victoria” você encontrará a esquerda os parques, propício para uma corrida, um piquenique ou mesmo sentar e tomar um café admirando a vista da cidade, no final do dia as pessoas se reúnem nestes parques ao longo o Yarra River para assistirem o por do sol. A direita da ponte você encontrará um passeio ao longo do rio, um grande calçadão de onde saem às pequenas embarcações (catamarãs) que fazem o passeio ao longo do Rio. São dos percursos o primeiro leva você para dentro da cidade até os subúrbios passando pela vila olímpica e o outro te leva para a região das docas e portos da cidade onde você pode ver o mar e mais subúrbios. O passeio pelo Yarra River e South River, também são passeios interessantes (se o dia não estiver nublado ou chuvoso) opte por fazê-lo no fim da tarde, o serviço é bastante interessante, não tem guias-tagarelas falando pelos cotovelos sem parar (isso me irrita profundamente, eu normalmente fujo disso e de visitas guiadas, são sempre muito chata e uma visão unilateral da história kkk”!!!). É o capitão da embarcação e um timoneiro que vão durante um tempo da viagem, lhe contar as histórias das pontes que ligam o centro da cidade ao subúrbio (quem já fez o passeio de catamarã no Recife, já sabe o que lhe espera).


3. Melbourne a cidade “take away” e “shooping! Pegue seu café ou seu lanche e saia caminhando pelas ruas, sente em um dos vários parques, praças que tem pela cidade e desfrute. Outra questão é “shooping”, fazer compras é uma boa diversão [para quem gosta] desde que você esteja a fim de pesquisar muito o preço, a variação de preços entre as lojas é muito grande, em uma das ocasiões, achei uma camiseta de rugby oficial a variação de preço chegou a mais de 60% de diferença entre uma loja e outra. Agora cuidado com os produtos chineses, eles estão em toda parte, é preciso verificar a etiqueta de fabricação, algumas delas está escrito “DESING IN AUSTRALIA” e em seguida “MADE CHINA”. Os produtos realmente feitos na Austrália custam no mínimo o dobro (e algumas vezes 4x mais) dos produtos chineses. Uma  pelúcia original MADE IN AUSTRALIA custava AUSD 24,00 e replica chinesa custava AUSD 6,00. Falando de grifes, mega-stores e magazines, é bom pegar o City-circle e saltar aa Burguer Street, lá você encontra de tudo e de um preço de moderado a caro, muito caro. Uma bota pode custar AUSD 300,00 (que é o preço de um Ipod de 160Gb, que pode ser encontrar na MAC Store que fica no centro em frente a ...... aliás é um lugar que eu citei pouco mais que vale muito a pena visitar, sentar em uma das livrarias e tomar um café folheando livros ao lado de seus autores – isso mesmo ali é o ponto de encontro de muitos escritores australianos).

4. O “idioma local” o inglês australiano tem uma acentuação diferente de tudo que você já ouviu, você pode achar estranho chineses, indianos falando inglês mas mesmo assim você pode compreende-los, porém na Austrália algumas palavras falada na velocidade que eles falam (até aí normal, nós também falamos rápido) se torna absolutamente incompreensível. Eles mesmos identificam 3 sotaques diferentes entre eles, se você estiver por Melbourne ou Sidney, fique tranqüilo são os locais mais simples de entender. E, não se preocupe independente do seu nível de inglês a dificuldade de compreende-los será a mesma, então um “Sorry, don´t get it” ou “Sorry, could you say it (repet) again, please!”. G´day Mate!

5. A noite em Melbourne. É tranqüilo andar nas avenidas principais da cidade, alguns bares e restaurantes funcionam até mais tarde, mas creia o centro não é o local da badalação e sim os subúrbios. Segundo o que li e as indicações que me deram, porém como sou um viajante diurno, eu reservo a noite para cozinhar (eu sempre cozinho, isso gera uma economia considerável para qualquer viajante e quase 100% dos hostel tem uma cozinha), ler um livro, assistir um filme ou mesmo atualizar blogs, facebook e responder e-mails.



[i] Ausie é a expressão local para dizer Australiano. Eles não usam Australian o que seria o óbvio, eles usam essa expressão “Ausie” na rua, nos jornais, na TV, para nome de coisas e lugares, inclusive você pode encontrar uma batara frita que ao invés de chamar “French Fries” do inglês, chamará “Ausie Fries - porque nós somos Australianos” diz o pacote da batata-frita J



* Zé pequeno é meu alterego =)

Férias de 2011 - Buenos Aires

Depois eu volto aqui, para contar como foi os 17 dias que passamos na Capital da ArgentinaBuenos Aires de férias! =)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

26.12.10 – Buenos Aires – San Telmo y La Boca (Caminito)


Após “as medialunas nossas de cada dia”, seguimos numa caminhada até o bairro histórico de San Telmo em busca de uma famosa feira de rua. Ao longo do caminho, mais uma aulinha para diferenciar o Art Nouveau do Art Decot, já consigo identificar alguns, porém cometendo equívocos entre Art Decot e Contemporâneo, enfim, vou sair daqui ou um artista plástico ou um arquiteto renomado J.
Após encontrar as ruas que não estão no mapa, chegamos à ferinha do Bixiga, ops! digo de San Telmo. A brincadeira anterior foi intencional, já que muita semelhança com a nossa feirinha do Bexiga. Quinquilharia disputa espaço com antiguidades. O mercadinho de San Telmo é uma surpresa agradável, ótimo para comprar frutas e para quem gosta de um brechó, é um paraíso de coisas usadas a venda, que vai de bolsas, passando por sapatos e com sobretudo de pele e tudo mais.
Vale a pena caminhar pela feira, mas o grande volume de artesãos, definitivamente, estão nas vias de acessos, expondo suas coisas sob tapetes no chão, ou em suas barraquinhas de feira, musica por todo lado, melhor tango se escuta por todo lado, de diferentes qualidades, o que particularmente, faz pensar que não gosto de releituras, principalmente as eletrônicas ou remixadas. !¿Gardel remix?! Não, obrigado!
O Café Fileteados Porteño, entre as Calles Defensa e Carlos Calvo, foi nossa primeira parada, e constatamos até agora, que o café é aguado, nada, eu disse absolutamente nada parecido com o expresso que você conhece (em Sampa claro). Estamos a 3 dias de Café em Café, em busca de um bom café, que não seja fraco, queimado, requentado, ácido, ou sem sabor ou sem cheiro. Realmente preciso escrever um pouco mais sobre o café, já que é um mito que estamos desvendando. Já o sorvete, encontramos! Ufa! O tal sorvete de Doce de Leite “Dulce de Lecche”, na sorveteria FREDDO (Estados Unidos com Defensa). 250 gramas de sorvete por R$ 7,00 (3 porções e uma casquinha) J
Em seguida fomos visitar o Museu de Arte Moderna, que havia sido reinaugurado um dia após o Natal. Miró, Kandisky, dividem espaço com artistas locais, após uma outra aula sobre movimento das pinceladas e desenho atrás das telas abstratas, comecei a achar menos duvidoso a qualidade de algumas obras J. A parada na quadra a direita do cruzamento da Defensa com o Brasil, nos relevou a famosa e grandiosa Iglesia Ortodoxa Russa, com cúpulas azuis lindíssimas.
Mais empanadas para almoço, em El Parque uma quadra antes do mesmo cruzamento acima referenciado.
No Parque Lazena, pedimos informação para os feirantes sobre como chegar a “El Caminito”, todos avisaram que a caminhada até lá era perigosa, pois os assaltos a turistas estavam acontecendo com muita freqüência. Após algumas indicações decidimos pegar um ônibus até o local. Ao lado do porto, uma pequena quadra de aproximadamente 100 metros, com vários sobradinhos coloridos foi morada dos imigrantes genoveses e é conhecido como CAMINITO. Quinquela é o artista plástico que pintou o bairro, vale a pena uma passada pelo Museu-Escola (que não entramos pelo cansaço). Um taxi nos “resgatou” até nosso “lar”. Exaustos, só restou energia para conhecer o Burguer King local, trash-fast-security-food. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

25.12.2010 – Buenos Aires – Dia de Natal

Depois de algumas Medialunas* no café da manhã e algumas pesquisas sobre museus na internet, saímos a pé, destino: RECOLETA, onde além do famoso cemitério tínhamos a expectativa de encontrar o museu de belas artes aberto.

Caminhar pelas avenidas de Mayo e 9 de Julio é um excelente programa. Leve com você amigos que entendam de arquitetura, artes, política e comportamento social, que você terá uma excelente aula ao ar livre. Aprendi mais sobre Art Nouveau e Art Deco, a primeira inspirada na natureza e na representação dos movimentos orgânicos da flora e fauna. Para leigos, e marinheiros de primeira viagem, que não entendem absolutamente nada sobre isso, o que vale dizer é tudo é muito grande, fachadas, janelas, portas, portões, grades, telhados, colunas, pé direitos, coisas que vão do neo-classismos, passam acentuadamente pelo moderno e instalam-se no pós-modernismo. De uma forma mais simples e vulgar, é dizer que em algumas ruas você tem a sensação de estar nos bairros nobres de Paris (segundo um de meus amigos que esteve lá) e para outros o ambiente lembra Madri (também não estive lá, mas é outra impressão de outro amigo, que me acompanha nessa cidade).  Algumas comparações eu consegui fazer, de alguns prédios e colunas, como que usualmente vemos ao caminhar pelas ruas de Roma e Firenze (Florência).

CAFÉS, talvez mereçam um post a parte, porque realmente tem um a cada esquina e em alguns bairros a cada 100 metros. Nosso primeiro foi Madeleine, em frente ao Teatro Colón, esquina da Avenida Carlos Pelegrini com Córdoba. Nota 7.0 para o café e 10.0 para o local e atendimento. O segundo café do dia, ao final do dia foi no Harmony (acho que é uma rede local, tipo Frans Café), na esquina da Avenida de Mayo com Hipólito Yrigoyen. O Café Tortoni que está ao nosso lado estava fechado.

Caminhando sem pressa, admirando a beleza dessa cidade “quase” européia e andando  sempre pela sombra, já que o calor em Dezembro aqui é de fritar ovo no asfalta, ou ainda rachar o côco, chegamos ao bairro mais charmoso ainda, o RECOLETA. As comparações são sempre inevitáveis, e esse bairro tem muitas características que lembram o bairro Higienópolis em Sampa.

Um casarão, na esquina entre Alvear e a Rodrigues Peña, na altura do numero 1700, em frente a então Casa da Secretaria de Cultura, foi motivo para uma longa parada, comentários admirados pela beleza da construção (onde para mim, poderia ter sido filmado desde o Castelo Ra tim bum ou Harry Potter), renderam várias fotos e anotações – como essa – para garantir a lembrança.

Na Plaza Int. Alvear funciona um “Paseo Público”, onde artistas locais expõem suas diferentes produções de artesanato e também se encontram o Centro de Cultura de Recoleta (que estava fechado) e Centro de Design (que na verdade é uma grande loja, muito parecida com a Etna – São Paulo).

Como o Museu Nacional de Bellas Artes estava fechamos, caminhamos até o cemitério de la Recoleta. Estava muitíssimo calor, porém conseguimos encontrar o túmulo mais visitado – da Família Duarte onde está Eva Perón, mais conhecida como “Evita” (imortalizada pela interpretação de Madonna).

O almoço de 3 ítalo-brasileiros e um paulista foi numa.... Cantina Italiana J rodízio de massas e saladas regado a muito Tempranillo, um vinho que é uma surpresa a cada gole, ao abrir, ao fim da primeira taça – ainda em temperatura ambiente e na última do vinho já bastante frio no balde de gelo. O simpático restaurante está na Plaza Tte Grt. El Mitre, em Junin, 1789 – quase em frente ao cemitério. Fomos atendidos por uma simpática colombiana, que nos serviu muito bem e levou a maior “propina” até este momento.

Caminhamos de volta, talvez mais de uma hora de uma agradável caminhada, fazendo o reconhecimento da região de Retiro e Recoleta e para finalizar a caminhada do dia um café. Após algumas horas de descanso, subimos para The Roof Bar, um protótipo de Pub, que fica em cima do hostel. Com muita cerveja estupidamente gelada e bom papo encerramos a segunda noite em Buenos Aires.


* croissant

sábado, 25 de dezembro de 2010

24.12 - Noite de Natal - Noche Buena - Xmas Eve.

Noite de Natal em Puerto Madeiro


A noite de natal, foi uma miscelânea de emoções.


Saímos a pé para caminhar e fazer um reconhecimento da área, estamos hospedado na região central (algo parecido como diz meu amigo DK com a República ou a Sé, porém com consideráveis exuberâncias e gritantes diferenças arquitetônicas).


Algumas quadras de onde estamos está a Casa Rosada, a sede da presidência da Argentina, a explicação que escutei por causa da cor, era que os dois partidos mais fortes eram representados um pela cor Vermelho e outro Branco e o então governante da época decidiu pintar o símbolo político mais importante do país, juntando as duas cores. A outra versão - mais bizarra - era que na época a tinta era cara e pintaram com uma mais barata que era feito a base de sangue de vaca, argh!


Após algumas avenidas ermas,chegamos a Puerto Madeiro. Nada habitado o lindo bairro portuário reserva uma bela arquitetura, mesclando estilos de diferentes épocas e ambientes para todos os gostos, com uma única tônica: bom gosto. 


O que mais chamou atenção foi Puente de la Mujer (Ponte da Mulher) é a única obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, na américa latina. Localizada entre os Dique 3 de Puerto Madero, na Pierina Dealessi e Manuela Gorriti, ela é uma das 5 pontes que ligam o lado Leste ao Oeste de Madero. Foi inaugurada em 2001, dia 24 de Agosto, pouco tempo após a épocas das grandes restaurações que sofreu esse bairro o tornando um dos mais visitados em Buenos Aires. Outra coisa interessante essa é uma ponte móvel, é formada por um único mastro, de onde saem os cabos de aço que suspendem o tabuleiro; este, roda 90 graus, de modo a deixar passar os barcos de maiores.


Os "Paseos" entre os dois lados da margem do rio de la Plata, é o que faz deste charmoso bairro uma atração obrigatória.


O fato te não termos nos programado, nos levou há um local onde poucos restaurentes estavam aberto, poucas opções e meu mau humor, fez com que a ceia de natal, ficasse para outro dia. Peço desculpas aos meus amigos Kiko, Eduardo e Rita, pelo constragimento e incoveniente que os fiz viver e passar, pois mesmo sabendo que para eles essas datas possuem pouco, ou quase nenhum significado real, em sua essência, eu fiz questão de lhes proporcionar uma péssima noite, por isso lamento e desculpo-me. 


Vou recompensá-los, prometo! 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Dia 24.12.2010 - Feliz Navidad en Buenos Aires - Argentina

Natal de 2010!


Papai Noel (ou do Céu) decidiu atender o pedido coletivo de um grupos da Família Bear:
Um pedagogo
Um administrador
Um arquiteto
Um artista plástica
...
Charlas y muitas prosas
Planos y otros tantos
Un poco de intrepidez
Audácia e astúcia


Chegamos as 10h35 em Buenos Aires.


Após várias negociações e quase termos sido enrolados por um taxista ("!!@!$%#@$&#*%$¨), chegamos a nossa morada nesses dias.


Um simpático Casarão daqueles da bem antigos, com ar europeu é a casa do Portal del Sur, onde estaremos nessa aventura Natalina na Paris da América Latina (li isso em algum lugar).


Famitos após o checking e quartos com beliches fomos comer as famosas empanadas no Bar Museo Retro La Morada. Após algumas empanadas e gaseosas (refri) a parte passamos num mercadinho e fomos descançar.


A noite promete, muito vinho e comida...


Bom pelo menos para nós (esperamos que tenha algo aberto na noite de natal =)




Bom antes de fechar esse post como de costume, e pensando em meus sobrinhos, acrescento abaixo algumas informações iniciais sobre essa linda e brilhante cidade:


Buenos Aires (lit. "Bons Ares", em português) é a capital e maior cidade da Argentina, figurando como a segunda maior área metropolitana da América do Sul, depois de São Paulo. A cidade está localizada na costa oriental do Rio da Prata, na costa sudeste do continente sul-americano. A cidade de Buenos Aires não faz parte da Província de Buenos Aires e nem é sua capital, mas sim, é um distrito federal autônomo. A Grande Buenos Aires é a terceira maior aglomeração urbana da América Latina, com uma população de mais de 13 milhões de habitantes. Buenos Aires é considerada uma cidade global alfa pelo inventário de 2008 da Universidade de Loughborough (GaWC).


E como diz, Sandra Leite, a autora de Isso é Bossa Nova, um dos blogs mais famosos da internet:


"No mais, Buenos Aires é sempre uma descoberta. Caminhe, se perca, jogue o mapa fora e depois, peça informação (Sorria sempre...é a marca do brasileiro e eles te reconhecerão sem falar nada...)! O maravilhoso são os lugares que vc encontra e as pessoas que vc conhece!"


PS: Amanhã volto aqui, para relatar como foi a noite em BA.
=)

Buenos Aires - Uma amiga e muito carinho no coração.

From: Sandra a Maira
To: Raniere o Menino Conectivo
Subject: Buenos Aires by Sandra Leite
Date: Mon, 8 Nov 2010 03:37:03 +0000

Raniere, querido, tinha esquecido: BA.
Aqui vão algumas dicas . Tem um guia que se chama" BA para brasileiros "e é muito bom!

- Restaurante La Brigada - fica no bairro de San Telmo, fecha 17hs e chegue cedo pq é disputadíssimo. Vale a pena demaiis, é um dos mais tradicionais restaurantes de parrilla de Buenos Aires, não sai caro e você come muito bem.

- Num domingo, o programa IMPERDÍVEL é a Feira de San Telmo - é muito legal, muitas antiguidades, todas as lojas de design, moda e decoração ficam abertas, os preços eraam bem salgados, mas vale trazer algo bem moderno e diferentes. Tem coisas que se encontra nestas lojas e barracas que vc jamais vai encontrar em lugar nenhum!

- Nos primeiros 2 dias, faça todo o tour tradicional: cemitereo de recoleta, museu de bellas artes, centro de design... Isso tudo vc faz a pé, um do lado do outro, passe uma tarde nesse bairro moderno e descolado. Não deixe de visitar o túmulo de evita. O museu de bella artes é o mais legal -MALBA! O cemiterio de recoleta vale só para tirar uma foto do lado do túmulo de evita. Bem ao lado tem o Centro de design - na verdade um shopping de lojas descoladas - entre e compre uma lembrancinha, tem coisas baratas e muuito legais para casa (transado e barato).

- À noite estou bem desatualizada -circule pela área do Puerto Madero. Jante no Siga la vaca, é caro mas vale a pena, come-se muito bem e a vista é linda. Ao lado, tem o Asia de Cuba, uma das boates mais cool do mundo, tem em NY, Tokyo e Londres Está cheio de estrangeiros!

- Mas a melhor opção de noite está em Palermo! Se tivesse um bairro para escolher para viver toda a minha vida, seria este. Tem tudo de muito legal, de dia todos os artistas de vanguardas abrem suas lojas. De noite, bares e restaurantes funcionam até 7 da manhã. Se de noite, vc nao tiver nada agendado, vá pra lá que é diversão garantida!

- Em palermo, de dia, vc tb vai encontrar os estúdios de cinema! É um sucesso ver toda aquela megaprodução! Uma mini-hollywood.

- Um dos passeios que são indispensáveis é o Tour no Teatro Colón - aquilo tem uma energia absurda, além de ser maravilhoso, com uma das melhores acústicas do mundo. Vá no meio da semana e aproveite para pegar os ensaios de música clássica à tarde. É de arrepiar!

No mais, Buenos Aires é sempre uma descoberta. Caminhe, se perca, jogue o mapa fora e dps peça informação! O maravilhoso são os lugares que vc encontra e as pessoas que vc conhece! O restaurante japones do jardim botânico é um loooooosho, não perca. E tem uma região que não conheci - do Rio Tigre - dizem que é o máximo.

Nada de tomar café no hotel: BA te espera em cada esquina. Há um café imperdivel: Las Violetas http://www.lasvioletas.com/port/html/home/index.php. Babe pelo site.E o mais antigo de BA e vá a um show de tango.

Muitas livrarias e bibliotecas. Pare e tome um café, leia um livro ou simplesmnte espie a beleza dos argentinos. uiiiiiiiiiiiaa! Que saudades daqueles homens.

Metrô, always. Mas taxi lá é mega barato. Melhor mesmo é caminhar, se perder e se achar.

Sorria sempre...é a marca do brasileiro e eles te reconehcerão sem falar nada...

Boa viagem, compre e beba muito vinho - tá mega barato. Se puder, vá a Mendoza (é meio longinho , mas um encanto).

besos


S.