Depois de algumas Medialunas* no café da manhã e algumas pesquisas sobre museus na internet, saímos a pé, destino: RECOLETA, onde além do famoso cemitério tínhamos a expectativa de encontrar o museu de belas artes aberto.
Caminhar pelas avenidas de Mayo e 9 de Julio é um excelente programa. Leve com você amigos que entendam de arquitetura, artes, política e comportamento social, que você terá uma excelente aula ao ar livre. Aprendi mais sobre Art Nouveau e Art Deco, a primeira inspirada na natureza e na representação dos movimentos orgânicos da flora e fauna. Para leigos, e marinheiros de primeira viagem, que não entendem absolutamente nada sobre isso, o que vale dizer é tudo é muito grande, fachadas, janelas, portas, portões, grades, telhados, colunas, pé direitos, coisas que vão do neo-classismos, passam acentuadamente pelo moderno e instalam-se no pós-modernismo. De uma forma mais simples e vulgar, é dizer que em algumas ruas você tem a sensação de estar nos bairros nobres de Paris (segundo um de meus amigos que esteve lá) e para outros o ambiente lembra Madri (também não estive lá, mas é outra impressão de outro amigo, que me acompanha nessa cidade). Algumas comparações eu consegui fazer, de alguns prédios e colunas, como que usualmente vemos ao caminhar pelas ruas de Roma e Firenze (Florência).
CAFÉS, talvez mereçam um post a parte, porque realmente tem um a cada esquina e em alguns bairros a cada 100 metros . Nosso primeiro foi Madeleine, em frente ao Teatro Colón, esquina da Avenida Carlos Pelegrini com Córdoba. Nota 7.0 para o café e 10.0 para o local e atendimento. O segundo café do dia, ao final do dia foi no Harmony (acho que é uma rede local, tipo Frans Café), na esquina da Avenida de Mayo com Hipólito Yrigoyen. O Café Tortoni que está ao nosso lado estava fechado.
Caminhando sem pressa, admirando a beleza dessa cidade “quase” européia e andando sempre pela sombra, já que o calor em Dezembro aqui é de fritar ovo no asfalta, ou ainda rachar o côco, chegamos ao bairro mais charmoso ainda, o RECOLETA. As comparações são sempre inevitáveis, e esse bairro tem muitas características que lembram o bairro Higienópolis em Sampa.
Um casarão, na esquina entre Alvear e a Rodrigues Peña, na altura do numero 1700, em frente a então Casa da Secretaria de Cultura, foi motivo para uma longa parada, comentários admirados pela beleza da construção (onde para mim, poderia ter sido filmado desde o Castelo Ra tim bum ou Harry Potter), renderam várias fotos e anotações – como essa – para garantir a lembrança.
Na Plaza Int. Alvear funciona um “Paseo Público”, onde artistas locais expõem suas diferentes produções de artesanato e também se encontram o Centro de Cultura de Recoleta (que estava fechado) e Centro de Design (que na verdade é uma grande loja, muito parecida com a Etna – São Paulo).
Como o Museu Nacional de Bellas Artes estava fechamos, caminhamos até o cemitério de la Recoleta. Estava muitíssimo calor, porém conseguimos encontrar o túmulo mais visitado – da Família Duarte onde está Eva Perón, mais conhecida como “Evita” (imortalizada pela interpretação de Madonna).
O almoço de 3 ítalo-brasileiros e um paulista foi numa.... Cantina Italiana J rodízio de massas e saladas regado a muito Tempranillo, um vinho que é uma surpresa a cada gole, ao abrir, ao fim da primeira taça – ainda em temperatura ambiente e na última do vinho já bastante frio no balde de gelo. O simpático restaurante está na Plaza Tte Grt. El Mitre, em Junin, 1789 – quase em frente ao cemitério. Fomos atendidos por uma simpática colombiana, que nos serviu muito bem e levou a maior “propina” até este momento.
Caminhamos de volta, talvez mais de uma hora de uma agradável caminhada, fazendo o reconhecimento da região de Retiro e Recoleta e para finalizar a caminhada do dia um café. Após algumas horas de descanso, subimos para The Roof Bar, um protótipo de Pub, que fica em cima do hostel. Com muita cerveja estupidamente gelada e bom papo encerramos a segunda noite em Buenos Aires.
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