
Diário de Cochabamba: quinta-feira, 06 de Novembro de 2008.
A noite anterior não foi muito boa, estranhei tudo a cama, o local, a temperatura, a altura, enfim... tive que me adaptar durante a noite para o dia de corre-corre que se desenhava. Colo uma bermuda, camisa e tênis e saio para caminhar. Uma volta na avenida principal, e algumas tentativas de jogging. Porém dada a altitude depois de 15 minutos correndo, descobri que não era uma boa pedida, então volto a caminhar. Tudo aqui é bonito, limpo e colorido. A cidade está como dentro de um vale de montanhas, mas as montanhas aqui estão muito perto. Tem um mirante com a estátua de Cristo, que dá pra ver da minha janela. A praça bem limpa, a igrejinha – que o nome da santa é Hospício, ao lado a Comunidade Hospício de Cristianos. Retorno ao hotel depois de mais de caminhando. No café da manhã descobri que usar o aparelho ortodôntico e ser pontual é um desafio. Escovar os dentes tem se transformado numa tarefa difícil e obsessiva. Vamos a “oficina” de Cochabamba, a receptividade é muito boa, o povo aqui gosta muito de brasileiros, tem até uma recepção diferenciada. O prestígio é tanto que temos uma sala separada somente para nosso trabalho. O dia de trabalho é pesado, revisa documento escreve documento, li documentos em inglês, em espanhol e outros em português – um desafio e excelente exercício para o cérebro que começa a misturar o espanhol e o português. Fico me cobrando porque não paro para estudar esse idioma, afinal tenho que admitir sem vergonha nenhuma, gosto do idioma espanhol. O almoço é uma aventura gastronômica um pouco arriscada, uma parrilhada, com chouriço, carne vermelha, carne branca (galinha e porco) e alguns miúdos que tive que provar – afinal quero evitar gafes culturais - e que definitivamente. Voltamos ao escritório para mais uma jornada de reuniões – chatas – entre skype, MSN e e-mails. Não vejo o dia passar, trancado dentro de quatro paredes me aborrecendo com coisas que não farão diferença nenhuma na minha vida, se quer amanhã. Jantamos yakissoba e voltamos para o hotel. Um banho quente e demorado. Tento escrever, mas estou muito cansado. Zapeando a teve o sono vem, espero conseguir dormir bem e que o dia de amanhã seja mais interessante do que foi o dia de hoje.
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