segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Diário de Cochabamba: sábado, 08 de Novembro de 2008.









Diário de Cochabamba: sábado, 08 de Novembro de 2008.

Acordo já o com o sol quente e brilhando. Ver as Cordilheiras dos Andes de minha janela é algo simplesmente fantástico. A cidade está no meio de um vulcão desativado. Banho, café e fechar os documentos para impressão. Uma correria básica que antecedeu nosso dia de bater penas pelas ruas de Cochabamba. Um táxi nos leva ao centro da cidade. Estamos à procura de artesanatos e eletroeletrônicos que aqui são baratos. Caminhamos umas duas horas, pergunta para um pergunta para outro e fomos parar em nosso escritório local. Interrompemos uma reunião, mas conseguimos a informação certa. Andamos uma longa distancia. Na rua é incrível como as pessoas vendem comidas. Tem de tudo pão; bolo; carnes fritas; sementes das mais variadas tostas – algumas salgadas outras doce – espigas de milho branco (Choclo); rosquinhas doces – algumas com cobertura de chocolate, enfim... a impressão que tenho é que um hábito local é comer na rua. Entramos em uma feira de rua e nela vendia de tudo: comida, roupa, móveis, eletrodomésticos, brinquedos, mais um milhão de outras coisas. Passamos pela Rodoviária local. Em um dos morros observo uma variedade de carros estacionados, descubro que é uma feira de venda de carros, com alguns milhões de bolivianos poderíamos sair de lá com uma Pajero, ou uma Toyata, enfim, a explicação foi que era um meio-contrabando, meio-ilegal... rsrsrs... caminhamos por toda a feira visitando as “tiendas”. Comprei para uma jarra que ferve água em 45 segundos, uma maravilha moderna, que eu conheci no Quênia e que agora tem uma na minha mala. Passamos por uma loja que vendia louças brasileiras, o vendedor pediu para ensinar-lhe a falar algumas frases em português, dentre elas: “Fala mais devagar, por favor!”. Em seguida entramos numa loja de enfeites natalinos e minha amiga “se quedo loca” e comprou um monte de enfeites, bolas douradas e de diferentes tamanhos para sua árvore de natal, velas, castiçais e até uma estrela dourada para colocar na ponta da árvore. Tivemos eu comprar uma bolsa de feira dessas com desenho no padrão xadrez, para colocar as coisas. Voltamos para o hotel com as compras e quase 4 da tarde fomos almoçar no restaurante brasileiro que servia feijoada. A caipirinha de maracujá com cachaça, foi a melhor que já tomei até hoje. Voltamos ao hotel, a após um banho e algumas horas assistindo filmes que já assisti algumas vezes, resolvo dar uma volta ao redor do hotel. Tem muito jovens na rua e todos estavam bebendo, em frente aos bares, restaurantes e boates que tem aqui na região de EL PRADO. O bairro que estávamos é um bairro universitário, então é comum – segundo o povo local – encontrar jovens bebendo durante a noite toda. Volto ao hotel e da sacada da minha janela fico admirando a noite cochabambina e vou deitar – a comida não me caiu muito bem, a noite foi complicada.

sábado, 8 de novembro de 2008

Diário de Cochabamba: sexta-feira, 07 de Novembro de 2008.




Diário de Cochabamba: sexta-feira, 07 de Novembro de 2008.

A noite foi um pouco melhor, consegui dormir um sono só. De manhã estava muito frio, então a caminhada ficou para o final do dia. A rotina de trabalho do dia foi à mesma, ou melhor, mais pesada ainda, porém não ficamos trancados o dia todo. Andamos de carro pela cidade, aliás, aqui um parêntesis (a aqui não tem guarda – ou polícia – de trânsito o que torna o trânsito um pequeno caos; a lei é a buzina, isso torna a cidade um pouco barulhenta; os motoristas e passageiros não usam cinto de segurança; o colega de trabalho local informou de cada 5 carros particulares 3 são dirigidos por mulheres.). Fomos visitar o hotel 5 estrelas onde será o evento http://www.lacoloniahotel.com/. O hotel mistura uma linguagem arquitetônica entre o que aqui chama de colonial do lado antigo e do outro uma arquitetura moderna, mais clean, quartos com móveis modernos, Internet sem fio, enfim, acho que todos vão gostar. O salão onde acontecerão as plenárias é um salão de festa, como aqueles bem antigos com direito a um conjunto de candelabros e espelhos gigantes em molduras douradas nas paredes. Tive que fazer algumas análises técnico-pedagógicas para a organização do local, enfim estrutura e logística de como funcionará o evento. Claro pedi para ficar em um quarto individual. O legal é que tem uma piscina pequena – que ninguém usa por causa do frio – e uma sala de ginástica com duas saunas, vou tentar aproveitar bastante. Voltamos ao hotel, e vou descansar um pouco, responder alguns e-mails e começo a revisar, editar e configurar um documento de mais de 50 páginas em espanhol, isso me tomou como duas horas de trabalho. Em seguida volto a me reunir com minha amiga de trabalho para dar continuidade no material que usaremos na oficina e para pensar a metodologia de trabalho da semana, paramos de trabalhar era quase meia noite. Outro banho demorado e cama, dessa vez sem forças nem para zapear a tv que ficou ligada com o sleep ligado e dormi, esperando o sábado, que tiramos para descansar e caminhar pela cidade, conhecer o centro velho e fazer umas compritchas... até amanhã. A trilha sonora do dia ficou entre Nouvelle Vague e Esperanza Spalding.

Diário de Cochabamba: quinta-feira, 06 de Novembro de 2008.



Diário de Cochabamba: quinta-feira, 06 de Novembro de 2008.

A noite anterior não foi muito boa, estranhei tudo a cama, o local, a temperatura, a altura, enfim... tive que me adaptar durante a noite para o dia de corre-corre que se desenhava. Colo uma bermuda, camisa e tênis e saio para caminhar. Uma volta na avenida principal, e algumas tentativas de jogging. Porém dada a altitude depois de 15 minutos correndo, descobri que não era uma boa pedida, então volto a caminhar. Tudo aqui é bonito, limpo e colorido. A cidade está como dentro de um vale de montanhas, mas as montanhas aqui estão muito perto. Tem um mirante com a estátua de Cristo, que dá pra ver da minha janela. A praça bem limpa, a igrejinha – que o nome da santa é Hospício, ao lado a Comunidade Hospício de Cristianos. Retorno ao hotel depois de mais de caminhando. No café da manhã descobri que usar o aparelho ortodôntico e ser pontual é um desafio. Escovar os dentes tem se transformado numa tarefa difícil e obsessiva. Vamos a “oficina” de Cochabamba, a receptividade é muito boa, o povo aqui gosta muito de brasileiros, tem até uma recepção diferenciada. O prestígio é tanto que temos uma sala separada somente para nosso trabalho. O dia de trabalho é pesado, revisa documento escreve documento, li documentos em inglês, em espanhol e outros em português – um desafio e excelente exercício para o cérebro que começa a misturar o espanhol e o português. Fico me cobrando porque não paro para estudar esse idioma, afinal tenho que admitir sem vergonha nenhuma, gosto do idioma espanhol. O almoço é uma aventura gastronômica um pouco arriscada, uma parrilhada, com chouriço, carne vermelha, carne branca (galinha e porco) e alguns miúdos que tive que provar – afinal quero evitar gafes culturais - e que definitivamente. Voltamos ao escritório para mais uma jornada de reuniões – chatas – entre skype, MSN e e-mails. Não vejo o dia passar, trancado dentro de quatro paredes me aborrecendo com coisas que não farão diferença nenhuma na minha vida, se quer amanhã. Jantamos yakissoba e voltamos para o hotel. Um banho quente e demorado. Tento escrever, mas estou muito cansado. Zapeando a teve o sono vem, espero conseguir dormir bem e que o dia de amanhã seja mais interessante do que foi o dia de hoje.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Diário de Cochabamba: quarta-feira, dia 05 de Novembro de 2008.




Diário de Cochabamba: quarta-feira, dia 05 de Novembro de 2008.

O dia começa bem e promete. Bom como vou viajar me dei alguns pequenos luxos. De café da manhã pastel e caldo de cana e excelente companhia. Saio correndo. Chego em casa e ainda tenho que fechar a mala, responder mensagens fazer reuniões virtuais, dar e receber orientações... Encaminhamentos, encaminhamentos, encaminhamentos (homenagem a minha amiga assistente social). Na mala: uma cueca para cada dia, uma meia para cada dia, jeans (bom esse dá pra repetir), bermudas (diferentes cores e tamanhos), uma jaqueta, algumas camisas, duas batas (companheiras de sempre)... será que esqueci algo ? Amanhã saberei... são 14h30m saio correndo de casa e ainda tenho que passar no escritório, assino isso e aquilo e coisas que nem sei porque estou assinado. To atrasado, já passam das 15h e eu deveria estar no aeroporto as 15h. O taxista conta tantas histórias e eu quase não ouvi nenhuma. Meus olhos estão no trânsito, viramos aqui trânsito, viramos ali trânsito, todos os “atalhos” estão cheios de gente como eu, atrasadas, apressadas, estressadas... chegamos ao aeroporto, exatamente uma hora antes do vôo... ninguém mais no check-in, a atendente ouve a desculpa de sempre: “O trânsito está impossível nessa cidade!” ela me informa que já tinha iniciado o embarque, outra correria... tira laptop da mala, o cinto, o óculos, a carteira, as moedas, os celulares... passei pelo raio X, ufa!!! O portão é o 16, e a fila estava grande. Pergunto a um senhor “esta fila és para el vuelo para bolivia?” e a resposta: “Si!” Logo a frente está minha amiga brasileira, a mesma da viagem anterior, trocamos um sorriso de “bom te ver”. Assim que passa a porta de embarque nos encontramos e abraçamos, muitas coisas para contar, histórias e estórias daqui e de acolá. Poltrona 18D, corredor, menos mal, odeio sentar no meio... bom acho que qualquer pessoa de bom juízo odeia sentar no meio. Ao meu lado, um adolescente boliviano e seu pai. Mas que rápido saco os documentos que tenho que ler antes de começar a Oficina. Lembro aqui do meu amigo Google, que diz que ninguém faz essas leituras previamente ao não ser durante o vôo. “É meu caro! Mais uma vez você está certo!” Vou sentir falta de tê-lo por perto, afinal é você quem está levantando vôo. A aeromoça Fernanda S deixa seu crachá cair logo ao lado da minha poltrona. Estou com o crachá dela na mão e o adolescente espia, mais que uma vez, e eu mostro para ele. Ele me pergunta: “És brasileña?“, “Si, por que?” “Por que és muito bonita!”. Sorrio e volto a leitura. No Ipod Petshop Boys e Marisa Monte. Chegamos a Santa Cruz de La Sierra – Conexão para Cochabamba. Na fila de imigração, a oficial pergunta sobre minha vacina de Rubéola? ? ? Bom, disse que não tinha a carteirinha desta vacina (lembrei que na verdade não tomei ainda – tarefa para fazer quando voltar para casa), mostrei a de febre amarela e ela se contentou. Novamente ninguém me perguntou nada, simplesmente pegou o folheto azul preenchido com meus dados e meu passaporte e CARIMBO!!!! Sentamos num café, e: “Por favor, duas cocas, uma Light e outra Zero e um café expresso”. Após ouvir mais histórias divertidas, felizes e alegres, continuamos para o embarque. Mais 40 minutos de vôo e conversas infinitas e não conclusivas sobre trabalho e a Oficina que vamos fazer. Na hora do pouso uma tensão, pois sou informado que, de vez em quando os pilotos iniciam o pouso, mantém a velocidade e volta a subir.... o piloto simplesmente “joga” quase literalmente no chão. Enfim a rotina, bagagem táxi e chegamos no Hotel Regina - http://www.hotelreginabolivia.com/ - simpático, Internet muito boa, tv com vários canais, cama boa e banheiro mais ou menos. Vamos jantar em um bar chamado Brazilian Coffe, que é de um Italiano que serve comida Japonesa. Acompanha os urumakis 5 Huaris. Descobri depois da terceira que o grau é de 4,8% de álcool. Regressamos e cada um para seu andar e respectiva habitación e banho, cama e TV. A noite não foi muito boa, acordei várias vezes, estranhei a cama, o quarto, o sono foi picado, acho que não vou dormir muito. Bom, até amanhã!

Diário de Cochabamba




No Passaporte mais um carmbo:
República de Bolívia
Ministério de Gobierno
05 Nov 2008
021 SC - 20 AB - 02
Servicio Nacional de Migracion

No Boarding Pass
Pontes - Raniere
Sao Paulo - GRU
Santa Cruz - VVI
Aerosur
Flight: 301 - 05Nov500P
Gate: 16 - 15h30m - Seat: 18D

Santa Cruz - VVI
COCHABAMBA
Aerosur
Flight: 114 B - 05Nov715p
Seat: 24D

Cochabamba é uma cidade simpática da Bolívia.
É a capital do distrito de Cochabamba e terceira maior cidade do mesmo país.
Sua população é de cerca de 500 000 hab.
Localiza-se no oeste do país, numa depressão da Cordilheira oriental a 2560 metros de altitude.
É uma cidade agrícola da Bolivia. Também é um importante centro comercial (feira de produtos agricolas regionais e coca) e indústrial (refinaria de petróleo, indústria alimentícia).
Possui também minas de estanho, prata e cobre.
Núcleo da época colonial, foi fundada em 1574 com o nome de Villa de Oropeza.
Tomou o atual nome em 1786.
Possui uma universidade fundada em 1826.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

1813 - um número para contar uma história...


1813 - um número para contar uma história...

Foram mais de 1813 sentimentos vividos;
Foram mais de 1813 paisagens contempladas
Foram mais de 1813 animais admirados
Foram mais de 1813 oportunidades de amizades, mas somente algumas feitas.
Foram mais de 1813 sorrisos, risadas e gargalhadas
Foram mais de 1813 ou mais braçadas dadas entre o mar e a piscina
Foram mais de 1813 quilômetros percorridos na África (acho que um pouco mais)
Foram mais de 1813 sons ouvidos
Foram mais de 1813 cores observadas
Foram mais de 1813 calorias consumidas por dia
Foram mais de 1813 horas de reuniões
Foram mais de 1813 horas de conversa na beira da piscina
Foram mais de 1813 pensamentos destinados aos amigos no Brasil
Foram mais de 1813 passos dados em cada uma das 3 cidades visitadas no Quênia

Alguns desses itens podem ser observados – porém num recorte de tempo e espaço limitado – nas fotografias do meu álbum eletrônico no Picasa - http://picasaweb.google.com/assessortecnico

É preciso tempo e paciência, mas aqui vai uma orientação básica, do que não dá para perder:

- Nascer e Por do Sol na África na pasta Por e Nascer do Sol n...(157)

- Fotos do Safári realizado na cidade de Voi, no parque de Tsafo East na pasta Fotos do Rani (227)

- Fotos de Nairobi e do Safári Walk na pasta Fotos de Narobi - Rani(467)

Diário de Nairobi para Dubai: Domingo, dia 14 de Setembro: [re]refazendo as malas.

Diário de Nairobi: Domingo, dia 14 de Setembro: [re]refazendo as malas.

São 07h30 da manhã de um domingo e eu estou acordado, e de banho tomando, já na frente do laptop, com a TV ligada na CNN Internacional e a xícara de café queniano quentíssima na minha frente. As 08h30m saímos para tomar um café da manhã bastante reforçado – queremos economizar com o almoço... rsrs. O programa hoje é andar pela cidade, sim, só caminhar... dedicamos a manhã toda para conhecer o centro da cidade. Os edifícios são de uma arquitetura pós moderna, um edifício redondo de uns 30 andares, outro que parece uma pirâmide... Nairobi é a cidade do Conselho, ou seja, é a cidade Capital do País, o lema aqui é “por uma cidade mais verde e mais limpa” e realmente é surpreendentemente limpa, aliás, mais limpa que São Paulo. Os edifícios dos Ministérios Públicos são um show à parte. A caminhada durou umas 4 horas, fomos e voltamos a pé e o melhor sem se perder – completamente. As 12h, deixamos o Hotel Nairobi Safári Club... a cashier que fez meu check-out tem o mesmo nome da minha amiga-rommie; seu Joseph já estava nos esperando. Chegamos no aeroporto algumas horas da abertura do check-in e recebemos a visita da nossa amiga do serviço que tem o mesmo nome do país em que vive – Albânia. O check-in abriu e tudo deu certo. Comprei café pra mim e dois chás, sendo um dele de Massala, me descobri um apreciador de massala durante essa viagem. Postei meu terceiro cartão-postal – agora oficialmente – um em Dubai, um em Mombasa e outro em Nairobi. Chegamos em Dubai às 23h30, o mesmo Raio-X, as mesmas lojas de Duty-free e eu com uma pequena lista de compras, vai para lá, vem pra ka, torpedos de consulta para o Brasil. Uma xícara de café de uns 300ml, e net wi-fi de graça... então deu para ganhar um tempo conversando com os amigos do Brasil – e checando as encomendas. Vamos fazer prestação de contas as 01h da manhã.... – tenho que checar essas contas de novo, rsrsrs... – o jantar é Mcdonalds de novo... – medida de segurança. Dois bigs, duas coca-lights, babatas e uma torta de maçã. eu não queria dormir, então comecei a andar o aeroporto de um lado para o outro, fotografando, fazendo pequenos vídeos – tenho um amigo no Brasil que vai pirar, esse aeroporto é pelo menos 3 vezes maior do que o Shopping Paulista, são 360 portões de embarque e eu só consegui andar pela asa que tinha 150 portões. Entrei na mesquita e com muito cuidado tirei algumas fotos, tinha uma placa: proibido entrar calçado, proibido falar, proibido dormir, proibido, proibido, proibido... tirei algumas fotos escondidas... tinha gente dormindo lá, eu ouvi o ronco... ou talvez algum idioma que eu ainda não conhecia. As horas passam, minha amiga brasileira, está teclando como marido, ela dorme na frente do laptop, eu volto a andar... de lá pra cá feito um doido... compro mais algumas coisa, chocolate, uma caneca, um camelo de pelúcia para meu sobrinho – já que tinha comprado uma boneca feita a mão na feira do Mercado de Rua Massai. O dia amanhece, ainda estou andando, tomo uma coca-cola para despertar e um ASS para dor nas pernas. O vôo aparece no painel as quase 7 horas da manhã. Deito num carrinho de carga e durmo cinco minutos, chego a roncar segundo minha amiga... eu não ouvi nada... abrem o portão, e mais alguns minutos de espera, conhecemos um casal que passou alguns dias em Dubai, e que estava reclamando que não tinha muita coisa para ver. Chegamos na aeronave... tenho dor nas costas, minha bagagem de mão está muito pesada. Cochilei durante alguns minutos. O vôo foi dividido entre os 5 filmes que assisti, e as 3 refeições que fiz, só consegui cochilar novamente quando o piloto anunciou que estávamos em solo Brasileiro. O avião pousa no Brasil, em São Paulo, são 18h18m, está 15 graus, e está garoando... perfeito!!! Minha cidade!!! Uma passada rápida no free-shop e nenhuma das duas encomendas foram encontradas. Então saiu, ligo para meus amigos... minha roomie chega, com uma faixa: “Ranny! Welcome back to Brazil! We love you!” uma mistura de vergonha e felicidade... junto com ela está nosso amigo-taxista e nosso diretor executivo. Despeço-me de minha amiga brasileira personal trainner, com um forte abraço, vou pra o táxi, tento dormir estou muito cansado, algumas horas depois estou em casa, de banho tomado, de presentes entregados e dormindo. A viagem acabou e a experiência ficou marcada de forma indelével em minha vida. Essa viajem me ensinou que eu não devo me preocupar tanto com as coisas da vida e devo ser mais feliz!

Don't Worry Be Happy
Bobby McFerrin

Here's a little song I wrote,You might want to sing it note for note.
Don't worry, be happy.
In ev'ry life we have some trouble,But when you worry you make it double.
Don't worry, be happy.Don't worry, be happy now.
Woo-oo-hoo-hoo-oo hoo-hoo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry.
Woo-oo-woo-oo-woo-oo-ooo Be happy.
Woo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry, be happy.
Woo-oo-hoo-hoo-oo hoo-hoo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry.
Woo-oo-woo-oo-woo-oo-ooo
Be happy.
Woo-oo-oo-oo-oooDon't worry, be happy.

Ain't got no place to lay your head,
Somebody came and took your bed.
Don't worry, be happy.
The landlord say your rent is late,
He may have to litigate.
Don't worry, (ha-ha ha-ha ha-ha) be happy.
Look at me, I'm happy.
Woo-oo-hoo-hoo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo Don't worry.
Woo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo Be happy.
Woo-oo-oo-oo-ooo
Here, I'll give you my phone number.
When you're worried, call me.
I'll make you happy.
Woo-oo-hoo-hoo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry. Woo-oo-oo-oo-oo-oo-oo Be happy.
Woo-oo-oo-oo-ooo
Ain't got no cash, ain't got no style, Ain't got no gal to make you smile,
Don't worry, be happy.
When you're worried your face will frown,
And that will bring ev'rybody down.
Don't worry, be happy.Don't worry, be happy now.
Woo-oo-hoo-oo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-oooDon't worry.
Wo-oo-oo-oo-oo-oo-oooBe happy. Woo-oo-oo-oo-ooo Don't worry, be happy.
Woo-oo-hoo-oo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-oooDon't worry.
Woo-oo-oo-oo-oo-oo-oooBe happy. Woo-oo-oo-oo-oooDon't worry, be happy.
Woo-oo-hoo-oo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-oooDon't worry, don't worry.Woo-oo-oo-oo-oo-oo-oooDon't do it, be happy.Woo-oo-oo-oo-ooo
Put a smile on your face
Don't bring everybody down like this.
Woo-oo-hoo-hoo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-oooDon't worry.
Woo-oo-oo-oo-oo-oo-ooIt will soon pass, whatever it is.Woo-oo-oo-oo-oooDon't worry, be happy.
Woo-oo-hoo-hoo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-oooI'm not worried.
Woo-oo-oo-oo-oo-oo-ooI'm happy. Woo-oo-oo-oo-ooo

Video no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=yjnvSQuv-H4&feature=related

Don't Worry Be Happy (Não Se Preocupe, Seja Feliz)
Bobby McFerrin
Não Se Preocupe, Seja Feliz
Aqui está uma pequena canção que escreviTalvez você queira cantá-la nota por notaNão se preocupe, seja felizEm toda vida existem problemasMas enquanto se preocupa você os duplicaNão se preocupe, seja felizNão há lugar onde descansar a cabeçaAlguém veio e levou sua camaNão se preocupe, seja felizSeu senhorio diz que o aluguel atrasouEle terá que questionar em juízoNão se preocupe, seja felizVeja como estou felizNão se preocupe, seja felizAqui está meu telefoneMe ligue quandoSe preocuparNão se preocupeSeja felizNão tem dinheiro e nem estiloNão tem garota para fazê-lo sorrirNão se preocupe, seja felizPois quando você se preocupaSeu rosto enrugaE isso deixaráTodos deprimidosTodos deprimidosSeja feliz, ponha um sorrisoEm seu rosto não deprima a todosNão se preocupe, seja felizNão importando o problemaIsso passará, não se preocupeSeja feliz, eu não estou preocupado.

Três Musicas: UM SENTIMENTO: Jambo Jambo Buana - Don´t Worry Be Happy - The Lion Sleep Tonight

JAMBO, JAMBO BWANA

Jambo / Olá

Jambo, Jambo Bwana, / Olá, Olá Senhor,
Habari gani?, / Como está?,
Mzuri sana. / Muito bem.

Wageni, mwakaribishwa, / Estrangeiros, vocês são bem-vindos
Kenya yetu Hakuna Matata. / No nosso Quénia não há problema.

Kenya nchi nzuri, / O Quénia é um bonito país,
Hakuna Matata. / Não há problema.

Nchi ya maajabu, / Um lindo país,
Hakuna Matata. / Não há problema.

Nchi yenye amani, / Um país pacífico,
Hakuna Matata. / Não há problema.

Hakuna Matata, / Não há problema,
Hakuna Matata. / Não há problema.

Watu wote, / Todos,
Hakuna Matata, / Não há problema,
Wakaribishwa, / São bem-vindos,
Hakuna Matata. / Não há problema.

Hakuna Matata, / Não há problema,
Hakuna Matata. (mpaka mwisho) / Não há problema.

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Don't Worry Be Happy
Bobby McFerrin

(letra já postada)

Video no Youtube:http://www.youtube.com/watch?v=yjnvSQuv-H4&feature=related

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The Lion Sleep Tonight (Ally & Jo)
Whigfield
Composição: P. Campbell - A. Stanton - L. Creatore - H. Peretti - G.D. Weiss


Aween away aween away aween away...
In the jungle
The mighty jungle
The lion sleeps tonightIn the jungle
The quiet jungle
The lion sleeps tonight

Aween away aween away aween away...
In the village
The quiet village
The lion sleeps tonight
In the village
The quiet village
The lion sleeps tonight
Aween away aween away aween away...
Hush my darling
Don't cry my darling
The lion sleeps tonight
Hush my darling
Don't cry my darling
The lion sleeps tonight

Clipe no Youtube do Tokens: http://www.youtube.com/watch?v=mwy5uqemp6c&NR=1

Clipe engraçado e mais visitado do Hipopótamo e do Cachorro: http://www.youtube.com/watch?v=Vebx1Ja9zm8

domingo, 14 de setembro de 2008

Diário de Nairobi: Sábado, dia 13 de Setembro.



Diário de Nairobi: Sábado, dia 13 de Setembro.


O dia amanheceu, abro somente um olho para o olhar no meu celular, são 07h13m, de forma muito sorrateira me espreguiço na cama, e depois de pensar 1000 vezes, dou um pulo e estou no banheiro, novamente tomando banho em uma água morna sem gosto de sal. O banheiro parece aqueles de camarim, com direito a lâmpadas brancas em globos brancos ao redor do imenso espelho que toma mais da metade do banheiro, as louças e as torneiras, todas são daquelas muito antigas, com acrílico sextavado decorando cada uma delas. Depois de um banho muito demorado, estou na sala aproveitando um aquecedor de água para fazer uma xícara de Nescafé. Enquanto a água aquece, tiro algumas fotos do mesmo local que tirei ontem a noite, para depois comparar noite-dia. Ligo a teve, depois de uma rodada nos canais locais, lembrei que tenho duas revistas do Brasil em minha bolsa. Começo a ler, ouvindo a TV e tomando uma xícara de café quente. Saímos por volta das 08h30m para o café da manhã: uma omelete (tomate, pimentão, queijo, sal, cogumelos e 2 ovos), um iogurte de frutas vermelhas, um pouco de cereal e leite gelado, uma xícara de café com leite, um pão com manteiga, um croissant com geléia de morango. Após uma longa negociação com a senhora da recepção, e um taxista, resolvemos fazer o Safári Walk, do Narobi National Park. Joseph é nosso taxista, um queniano simpático, ele nos disse que já não jogava mais futebol pela idade avançada que tem. Ele nos mostrou alguns pontos turísticos da cidade. O parque ficava cerca de 20 minutos do hotel. E tem duas versões de Safári neste Parque, uma você faz de carro e outra que você faz caminhando, um pouco mais de duas horas. Como já tínhamos passado pela experiência de um Safári de carro em Voi - Tasfo, optamos dessa vez por fazer a versão caminhando. Logo na entrada – com um imenso deck de madeira, acima de um lago com ágapes floridos de roxo e amarelo e alguns carpas, estava uma árvore com o maior ninho de pássaro que eu já tinha visto. Em seguida, de longe observo a placa de hipopótamos... sai correndo... e no local da piscina onde eles provavelmente estariam, não estavam... então observei de longe dois pequenos hipopótamos, pensei que eram filhotes e fui fotografar, nesse momento encontro um senhor chamado Peter que nos acompanhou até o final do tour. Peter me explicou que aquele casal de hipos era de uma família rara de hipos anões, o macho já tinha 21 anos e a fêmea 16 anos. Eles tinham um metro de altura, tinham um couro bem espesso e liso, negro. Olhos grandes e bocas com dentes grandes. O guia também explicou que aquela era a idade máxima que eles viveriam se tivesse na natureza e que em cativeiro viveriam mais 10 anos cada um pelo menos. Do outro lado num grande cercado é possível ver dois búfalos, um casal de zebras albinas, sim, albinas, elas eram um pouco amarelas e com listras brancas; tinham também um zebu, e alguns veados. A próxima placa anunciava uma hiena, que vi correndo de muito longe, cheguei perto da cerca e comecei a assobiar, e ela veio ver, tinha o tamanho de um cão pastor-alemão, e não parecia nem alegre e que também não sorria há muito tempo. Em seguida primatas esses eu só conhecia de televisão, tinham a cara branca e como se estivesse vestido para festa com smoking preto e camisa branca, a calda também era branca e bem peluda, como felpuda. Vários pequenos esquilos estavam por toda à parte do parque, correndo daqui para lá, comendo as sementes que caiam das árvores. Em seguida outra big surpresa (a primeira foi os hipos) estamos a frente a um metro de um dos Big-Five, estamos do lado de Tomas, um rinoceronte, que chegou no parque com 3 anos de idade, órfão. De uma espécie rara Tomas tem dois chifres e hoje esta com 16 anos e come e dorme tranqüila e seguramente. Ficamos durante 20 minutos, admirando o pequeno-grande Tomas. Seguimos o caminho, agora entrando num bosque, com vários pássaros – inclusive um casal de “patos” gigantes – árvores de todos os tamanhos e jeitos. Ao sairmos do bosque fomos visitar Mateus, um leãozinho de 17 anos e estava tomando um banho de sol e que só levou a cabeça para ver quem estava fazendo barulho – Peter estava gritando o nome dele e sacudindo a porta da jaula onde o alimentava. Demos a volta na jaula e sou surpreendido por duas leoas, Nana e Malaika (significa anjo em swahili). Nana é mais tranqüila e brincalhona, tinha um balde azul e – orientado por Peter – fiquei brincando com ela do outro lado da tela, ele queria pegar, então levantava a pata e de vez em quando ficava em pé na tela. Nana, já parecia ser uma leoa mais velha e tinha um senso de caça muito aguçado, ela ficou completamente louca, quando um antílope chegou para ver o que estava acontecendo e para ser alimentado pelos turistas. Em seguida, aproveitando o ambiente de curiosidade, chega uma avestruz enorme, preto e branco que também comeu folhas das mãos dos turistas. Continuamos e ao sair do de cara com um roedor de uns 3 quilos, lembra um coelho cinza sem as orelhas, uma criaturinha muito simpática, mas muito assustada. Bem ao lado da jaula do leão está a imensa grade o leopardo... mas olhamos para todos os lados, e não encontrávamos o leopardo... Então entra Peter em ação, apontando com o dedo para a copa de uma árvore... e lá estava um leopardo deitado no topo de um pé de eucalipto. Descemos um grande deck, que foi feito acima das árvores e observamos o grande vale que nos separada da parte selvagem do parque, da parte que só poderia ser feita de carro. Há alguns metros estava um javali pastando. Tiramos muitas fotos dessa vista, pois era muito surpreendente. Abaixo do deck ficava a casa de alguns animais que estavam em recuperação ou adaptação. Um antílope sem um dos dois chifres, ou ainda maior, mais pesado marrom com listras brancas. Uma passada pela área que imitava uma savana e últimas fotos das zebras albinas e do zebu. Em seguida, chegamos ao território das chetaras (cheetah). O casal de alemães que estava conosco junto às leoas, estava dentro do habitat abraçando a chetara... não pensei se quer uma vez, virei para Peter e disse: quero ir lá, junto a chetara. Ela tinha 31 anos, já era uma senhorinha de terceira idade. Fiquei um pouco agitado, os minutos de espera eram tão emocionante que eu já estava do lado de fora do acesso, quase pulando para dentro... o casal saiu, eu entrei, ela não estava mais ali, e sim lá do lado do aquário de vidro onde minha amiga do Brasil e outros gringos tiravam fotos. Peter foi buscar a senhora chitara. Ela vem em minha direção, é muito grande, é um gato de mais de um metro de altura e um metro e meio de largura, a calda tem mais um metro. Ela é muito magra, se fosse uma mulher com aquele corpo seria uma miss internacional – e anorexa, claro! Peter diz: deixe-a cheirar sua mão. É incrível é um gato tamanho XXXLLLL! Estava muito nervoso, ainda de pé ela cheirou minha mão e ficou circulando por minhas pernas (como os gatinhos fazem, quando chega alguém diferente), sou só eu e ela agora, todo mundo se afastou, primeiro passo a mão bem devagar pela sua cabeça, em seguida, passo a mão no pescoço, no peito e ela está com a cabeça baixada ainda me cheirando, de repente um susto, ela começa a lamber minha mão. Que susto! E que alegria ao mesmo tempo, pois quando um felino te lambe é também porque está calmo e te aceitou seus carinhos. Muito emocionante estou ao lado, melhor quase abraçado, do animal mais rápido do mundo... ela deve chegar a mais de 150 por hora correndo. Eu tinha visto uma chetara e dois filhotes no Safári em Voi-Tsafo, mas elas na savana e eu no carro bem seguro, agora nada me separava mais daquele extraordinário felino. A troca de carícias durou somente alguns minutos, mas para mim tempo suficiente para ter histórias para contar para o restante da minha vida. Já estamos de saída do parque, passamos por dois crocodilos enormes. É hora de se despedir, e como Peter foi muito bacana conosco, deixamos uma caixinha generosa, na moeda dele e para nós, nem 0000000,1% da satisfação de fazer mais esse safári. Joseph nosso amigo taxista, nos espera do lado de fora e nos deixou no MASSAI MARKET, um tipo de feira de rua, onde se vende artesanato de todo tipo, para todos os gostos e também muita roupa – até agora nem sinal de ver tecido, as meninas não vão acreditar, mas não encontrei – andamos e somos abordados a cada 10 segundos por vendedores diferentes, no início me sinto estranho, como oprimido... encontramos uma vendera, chamada Salomé, ela pede para voltarmos no final da visita a feira que ela nos faria descontos surpreendentes... foi muito interessante, ver minha amiga brasileira, negociando, era um toma lá da cá de preço em alguns ganhávamos muito e em outros perdíamos, como ela tava com o dinheiro trocado – eu só tinha dólares para gastos maiores e ela dinheiro local e miúdo – ela liderou as negociações – de fato não tenho muito jeito para fazer barganhas com a audácia com que ela fazia... ela é melhor vendedora e compradora do que eu... são mais de quatro horas e depois de algumas camisas, roupa para sobrinhos(as), estamos cansados, estafados, fatigados e famintos. Vamos andando em busca de comida. Encontramos um fast-food que vendia pizza, ainda com direito a praça de alimentação na sobreloja. Duas grandes, uma de peperoni e outra de queijo legumes e carnes e duas coca-ligths são nosso almoço e jantar. Voltamos para o hotel, andando... a cidade é bem bonita, limpa, com arquitetura moderna, prédios que em meu imaginário jamais pensava em vê-los em Nairobi – A cidade do Conselho Nacional do QUÊNIA. Chegamos cedo no htoe e depois de um longo e demorado banho sento para assistir um filme e escrever um pouco mais. Uma xícara de chá e toblerone são as minhas companhias da noite. Os planos são de amanhã, domingo, acordar bem cedido e andar pela cidade. Até amanhã.

Diário de Mombasa: sexta-feira, dia 12 de Setembro: último dia em Mombasa

Diário de Mombasa: sexta-feira, dia 12 de Setembro: último dia em Mombasa

São 06h36m, e estou acordado! O sol também acordou! Estamos os dois acordados, vou até a varanda e ainda com olhos embaçados e passando as mãos no rosto, vejo que não tem ninguém na piscina, e ninguém andando pelo jardim, enfim, somos só nós dois, o Sol e Eu. Coloco um shorts pego a câmera e vou até a praia tirar mais algumas fotos e admirar um pouco mais dessa beleza selvagem da praia esmeralda e do sol amarelo-vermelho-laranja. Aproveite o tempo para fazer uns vídeos do local para mostrar o local para meus amigos no Brasil. Em seguida retorno ao quarto para tomar um banho, ajustar mais algumas coisas na mala e pegar as roupas que separei para dona Margareth. Fomos para o café, hoje foi o ultimo café aqui, é preciso fazer um parêntesis grande aqui, o café aqui é composto de ovos mexidos, ovos cozidos, uma salsicha Irish (deliciosa), baked beans, um feijão tipo carioca, meio doce meio salgado que o povo come no café, as torradas são feitas numa maquina engraçada, tipo uma esteira que passa dentro do forno e joga as torradas já tostadas do outro lado, também sempre suco de laranja e maracujá e iorgute de morango e manga (o segundo muito ruim). Tinha também waffles, mel, coalhada, uma barra de cereal chamada beatwick (muito boa por sinal), tem sopa, sim aquelas sopas ralas... nunca vi ninguém tomando, mas elas estão lá servidas durante as duas semanas. Também tinha omelete, sim eles fazem uma omelete com cogumelos, queijo, tomate, cebola e pimenta chili. Tinha também uns rolls de frutas cristalizadas e croissants e um monte de frutas. Chegamos na sessão em tempo hoje. Muitas pessoas vieram me cumprimentar, alguns aparentemente ficaram mais próximos depois do “Baile” de ontem a noite. Durante o intervalo fui levar as roupas, xampus e sabonetes e o hidrante para dona Margareth, fui muito legal, eu disse que gostaria de dar algumas coisa para ela e se ela não se importava, ela disse que não e eu entreguei... ela ficou bastante feliz... perguntou para que servia o hidrante... e eu expliquei. Em seguida voltei correndo e fui assistir o trabalho do grupo da Ásia para aprender um pouco mais sobre a abordagem que eles fazem de facilitação. Também dei uma passada pelo grupo da África, eles estão em 8 grupos, acho que cada grupo representa um país diferente. Em seguida fui ao quarto me livrar o laptop, afinal carreguei-o a semana toda. Meus intervalos eram divididos em postar o diário do dia anterior, fazer upload das fotos, responder os e-mails urgentes, escrever para a família e amigos. Pouco antes do almoço, fui aproveitar pela primeira vez a hidromassagem que tinha em uma piscina pequena ao lado do restaurante, dessa vez foi um para cuidar dos meus pés que estavam acabados da noite anterior. Depois de uns 15 minutos de pés sobre os jatos de água e de estar quase dormindo fui almoçar, como estava muito calor e eu não estava me sentindo bem, comi alguns legumes e um pouco de sala com peixe. Após o almoço fui para o quarto descansar um pouco. Tive cólica essa tarde, daquelas crônicas que eu não sentia já há algum tempo, tive que tomar remédio e deitar um pouco, peguei no sono durante quase uma hora e acordo com as batidas na porta, da minha amiga brasileira personal-trainner. A sessão dar tarde começou bem tarde, quase as 15horas, a agenda já tinha se perdido, era uma sessão de encerramento e homenagens e de orarmos por aqueles que iriam para o campo aplicar o que estudamos durante toda essa semana. Após o término de todas as homenagens, orações, e abraços e beijos de despedidas, voltamos na dona Margareth, para comprar mais algumas coisas, dessa vez, estava inspirado e a fim de comprar uma lembrança. Um parêntesis, dona Margareth é uma senhora, de aparentemente um pouco mais de 50 anos, negra, com um problema em um dos braços e tinha que usar um tensor para manter o braço estendido, mas ela não conseguia apoiar a mão. Não sei porque, mas me identifiquei muito com dona Margareth, ela me lembra alguma dessas outras Margaretes que encontramos no Brasil, nas favelas e caminhos por onde andei, ou ainda pelos caminhos que a vida há de me mandar. Comprei um prato, desses decorados de colocar na parede e um porta-jóias feito de ébano. Aliás, só fui entender e saber de fato o que era ébano na África, no Quênia, em Mombasa, na barra X-Del Boy – Boutique, a lojinha (tenda de rua) de dona Margareth, uma africana que tem o sonho de conhecer o Brasil para ir à Amazônia... ela me disse que gostaria de fazer isso antes de morrer... isso me fez pensar, que eu ainda não conheço a Amazônia, e antes de morrer preciso conhecer, nem que seja só para lá lembrar de dona Margareth. Hoje olhei para o Vilarejo e me bate aquele conflito interno, numa tênue relação entre mediocridade e hipocrisia de um lado e de outro paranóia e neurose, estamos num Resort que é dentro de uma imensa favela. Eu tinha dúvidas desse fato, até olhar para todo meu redor e constar que só tinham lojas na frente o hotel, e que as demais casas eram barracos de madeira, improvisados, sem mobílias... mas as crianças são felizes, brincam na rua... voltamos ao hotel, trocamos rapidamente de roupa, que já estava estrategicamente nas bolsas de mão e ... fomos dizer tchau para as piscinas e para a companheira Tusker (a melhor cerveja do continente africano... rsrs). Os dois norte-americanos – a que fala português e o que fala espanhol – estavam conosco. Entre uma braçada e outra vi a lua, era final de tarde pouco mais de 17h da tarde e ela já estava lá, linda, prata, redonda e enigmática e de outro lado estava o Sol que também veio nos dar adeus – ou será até logo... quem sabe – o sol amarelo-vermelho-alaranjado estava mais brilhante do que nunca, seus raios tocavam a água da piscina colorindo-a de dourado... foi um belíssimo fim de tarde e uma despedida fantástica. Estamos atrasados, corre, toma banho, fecha a mala, corre pelo corredor, e entrar no elevador, corre mais um, dois, três corredores e, recepção, fechamos as contas, alinhamos as malas junto as demais que já estavam, ufa! não somos os únicos atrasados... o big-boss-bass ainda não chegou, ufa!!! os mexicanos resolveram aproveitar a carona... então somos a mesma turma do safári juntos.. estavamos numa van de Safári, então meu amigo-mexicano com nome de comida e eu resolvemos abrir o teto da VAN... isso nos permitir, não desidratar de tanto calor e ver a lua, que agora estava solitária no céu... tento olhar para tudo, todos e cada lado, com sede de registrar cada imagem... chegamos no aeroporto... estou com minha mochila cheia de garrafas de água, é nosso plano de sobrevivência para Nairobi... vamos anda o dia todo e não queremos gastar com água, mas... a moça avisou que não poderia, que eu deveria colocar na mapa grande, como achei que era aquele era a única barreira, nem dei atenção, resultado ao sair do elevador, outro bloqueio e outro Raio X, e agente de segurança fez eu tirar as águas da mala, e autorizou uma garrafa para cada... na verdade tudo isso passou por pretexto pois tínhamos mais outras 8 garrafas na mala que foi despachada... esperamos poucos minutos, o suficiente para provar uma bala mexicana, que mais parece um doce de leite – feito de cabra. Durante o vôo, ao som de “The Best Days of my life”, eu atualizei meu IPOD com músicas em español... pois, nas próximas semanas tenho que virar a chave do inglês para o español... pois minha próxima aventura será em Cochabamba, Bolívia, quando retomarei esse diário. Chegamos a Nairobi, são 21h58, 20 graus. Nos despedimos do demais colegas e pegamos um táxi para o Nairobi Safári Club, um hotel com um lobby cheio de imagens de animais, que vimos no Safári, com muita coisa dourada, cheia de luz, é o host do Rotary Club local. O quarto me lembra a casa da minha avó, tudo é muito retro, e completamente década de quarenta. Estou no quarto 1114, décimo primeiro andar, a vista da cidade é muito legal, tirei algumas fotos e fiquei prestando atenção na movimentação e no som de uma discoteca que vinha de longe, alguns forasteiros mais animados estavam na rua gritando. Gostaria de aproveitar o momento para fazer um agradecimento especial a Deus pela água doce no chuveiro e na torneira, pois, já tinha esquecido, de tanta água salgada que tomei em Mombasa. Estou terminando de escrever o diário de hoje, assistindo um filme trash, a história de um jacaré gigante, mesmo roteiro de anaconda. Acompanhou-me durante essas horas 4 mini-toblerones, uma xícara de chá e um pacote pequeno de pipoca sabor sal e manteiga, e uma garrafa de água. Bom os planos para amanhã, são: visitar o Parque Nacional de Nairobi e conhecer o mercado de rua. Até amanhã!!!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Diário de Mombasa: quinta-feira, dia 11 de Setembro

Diário de Mombasa: quinta-feira, dia 11 de Setembro

Primeiro gostaria de justificar a falta de pontuação e acentuação que tenho em alguns posts, é que parte do meu diário é escrito no meu PDA (Treo 650). Bom o dia hoje tinha tudo para ser conforme os dias anteriores dessa semana, ou seja, ficando um pouco mais chato, porém o dia de hoje é o dia da MONTANHA RUSSA EMOCIONAL. Agora voltamos aos fatos. Acordo as 06h05, o relógio desperta e o dia ainda está nublado e escuro, mesmo assim escuto 3 pisadas fortes no apartamento de cima, onde está a outra brasileira – lembrando estamos sem telefone nos quartos a semana toda – e esse era nosso código para sairmos para caminhar. Hoje decidimos voltar para a praia, afinal não era tão perigosa quanto imaginávamos e os feirantes também não acordam tão cedo. Desenvolvemos uma técnica para não ser “aliciados” pelas ofertas comerciais, falamos em português muito rapidamente, eles não reconhecem o idioma e nós também não respondemos as perguntas em inglês, logo eles desistem, como funcionou no primeiro dia adotamos a mesma estratégia para o segundo dia. Hoje fomos caminhar com a nossa amiga norte-americana que fala português, ela é filha de norte-americanos mais cresceu no Brasil e agora mora a 5 anos em Washington DC. Ela gosta de estar com os brasileiros, pois, disse que é bom para recordar seu português, já falado com um sotaque muito forte. O sol está nascendo, e para ajudar você a ver o que eu estava vendo, uma pergunta: Você já assistiu o Rei Leão? (tive que copiar esse ponto de interrogação de outro documento...rs) Se você já assistiu Rei Leão, deve lembrar do Sol Nascendo, um amarelo-vermelho- alaranjado (será esse uma novo neologismo, espero que sim...rs) pois é hoje eu vi com meus olhos em frente de mim, o SOL nascer bem amarelo-vermelho-alaranjado, disse para minhas amigas, ninguém vai acreditar nisso, portanto saquei a minha máquina fotográfica e saquei várias fotos, que estão numa pasta chamada “Por e Nascer do Sol na África” http://picasaweb.google.com.br/assessortecnico/. Em seguida tomamos uma ducha e tichbummm na piscina, 10 minutos são revigorante e fazem uma tremenda diferença no dia. Fomos para a plenária, vimos mais um vídeo muito interessante, aqueles com mensagens, que combinam com as cores, que combinam com as musicas, que mexem com os sentimentos e emoções e são eficazes em fazer com que as pessoas se agregarem à missão de outros. Recebemos uma boa noticia 2 horas de almoço.... ou seja, temo para fazermos o que quiséssemos... Então... Fomos nadar no mar, sim pela primeira vez aqui, tomamos coragem de enfrentar cada um dos milhares de ambulantes-feirantes-comerciantes que ficam no espaço entre a mureta do hotel e a praia te oferecendo todo o tipo de artesanato, passeio, isso, aquilo, aquilo outro e aquilo mais. “Estou nadando no Pacífico, estou nadando numa praia africana” esse foi meu pensamento. A água, hum... primeiro a cor: esmeralda, a temperatura: morna muito agradável, a profundidade: na altura da cintura, comportamento: marolas pequenas... O mar aqui é bastante temperamental, as marés variam muito e não tínhamos visto um dia tão bonito quanto foi o de hoje. Saímos da praia, tomamos uma ducha gelada e tichbummm na piscina de novo, para mais 15 minutos de braçadas para lá e para cá... aprendi a mergulhar e a ficar de pernas para o alto essa semana, e também como aumentar minha capacidade de respiração, como bater o pé corretamente, enfim... Nada como ter uma personal-trainner ao seu lado. Em seguida fomos para as atividades da tarde com só 15 minutos de atraso... quase um recorde olímpico...rsrs... já era quinta-feira então as pessoas estavam mais relaxadas com os horários... descobri uma coisa aqui convivendo com tantas pessoas e tantos lugares diferentes: nem todo inglês é pontual, principalmente aqueles que não moram mais na Inglaterra; nem todo o indiano não toca (nem fica cobiçando) em mulher, principalmente quando estão foram da Índia; nem todo norte-americano é tão norte-americano principalmente fora da América; os asiáticos são muito legais e não são tão vidrados por fotografias como todos pensam; os australianos e os africanos tem muito de brasileiros dentro deles; os canadenses são legais de perto – de longe nem tanto; a única coisa que nos diferencial – de forma geral – dos mexicanos é o español; as pessoas são encantadas com o Brasil, sim o cartão de visita – feliz ou infelizmente – é o futebol e o carnaval, mas nada que 5 minutos a mais de conversa, possa mostrar que somos mais e temos mais do que isso para oferecer para o mundo. Essa tarde foi emocionalmente difícil para mim, li um e-mail sobre uma particularidade familiar que realmente me tirou do eixo. Fiquei muito emocionado – com medo, com uma profunda tristeza dentro de meu ser. Queria ir embora, essa era a única coisa que pensava, minha família precisa de mim e eu tenho que ir, mas não posso, não posso estou do outro lado do mundo, a um dia de sair daqui, então conectei na esperança de ter alguém que pudesse ligar para minha família e ter informações mais precisa do que o e-mail que recebi do meu irmão número 02, que me deixou desesperado. Tenho uma coisa, que [re]aprendo a cada dia, amigos são tudo nessa vida o resto é adereço... conversei com meu amigo-google, com a minha amiga-que-sabe-de-tudo; outra amiga-menina-moça-mulher, e com meu amigo-pastor-amigo, esse último mora na mesma cidade que meus pais e ligou imediatamente para meu pai e ao mesmo tempo que conversava comigo com ele ao telefone, conversa comigo pela Internet. Foi um alívio receber maiores informações... em seguida recebo uma ligação do amigo BB do Brasil, também me ajudando.... o conselho era: mantenha-se ocupado, ocupe a cabeça e não pense mais nisso.... foi então o que fiz... Saímos para andar no vilarejo, afim estou ficando maluco de ficar “trancado” nesse hotel. Minha amiga brasileira persol-trainner, comprou duas estátuas feita à mão e de Ébano. Voltamos para a sessão da tarde, foi bastante difícil acompanhar a reunião, então desisti, fui para meu quarto, mas durante o cominho conversamos muito minha amiga brasileira e eu, aquele tipo de conversa para confortar e consolar... aquelas conversas que você conta suas questões que tem alguma semelhança com a história em questão... foi muito legal da parte dela, esse momento especial de conversa... bom tivemos que nos trocar rapidamente, afinal era a noite da confraternização, eu vestido de forma, mais formal possível... fui para a churrascaria que fica dentro do hotel de frente a piscina que os gringos adoravam, pois ficava de frente para o mar. O local decorado com folhas dos coqueiros e algumas flores nativas locais. Tinha churrasco e uma quantidade imensa de diferentes carnes: carneiro, bife, peixes, frango, etc... em seguida entrou um grupo de dança local, muito interessante, as mulheres gritavam e os homens batiam os pés, e em suas pernas algumas sementes grandes faziam o barulho do chocalho. As mulheres tinham no ombro lenços com miçangas coloridas, elas mexiam o ombro e a cintura com uma velocidade incrível... já sei de onde veio o gingado brasileiro, definitivamente da África, mas tenho algo a dizer, nem a mulata mais requebradora chega perto dessa lindas mulheres negras e com um requebrado inimaginável. Em seguida, subimos para a lateral do restaurante, em frente a uma piscina que tinha um pequeno palco, onde um DJ local, tocava músicas, nas noites que não tinham apresentações locais. As músicas 80´s 70´s e algumas 60´s dominavam sua vitrola. Juntamos um grupo e começamos a dançar, de repente alguém me ofereceu uma cerveja, e foram 3 em seguida... Dançamos muito, a noite estava quente eu fiquei muito suado. Em seguida a música foi interrompida, para um stand-up show, muito chato... fazendo imitações não simpáticas de outras culturas, para ilustrar a primeira parte era sobre como os diferentes povos se cumprimentam, e os italianos foram ilustrados como dois caras que se cumprimentavam e roubavam a carteira um do outro, então logo me aborreci e não esperei para ver a encenação do Brasil. Fomos para o bar que fica dentro do restaurante, os mexicanos, os australianos, e os dois norte-americanos que mais parecem brasileiros. A música voltou e para voltarmos a dançar fizemos a maior bagunça, tiramos todas as cadeiras e abrimos o salão, dançando até as 23h30m... a música acabou, e nos despedimos, antes disso eu sorrateiramente tirei a roupa e pulei na piscina, foram 5 minutos preciosos que me separou da bronca que eu tomei do guarda e a corrida até meu quarto. Um banho quente, demorado, em seguida a estranha sensação de que está acabando, pois eu tinha que arrumar a mala. Lavei uma camisa na pia e uma cueca também. Tirei todas as coisas do armário, arrumando, dobrando, separado coisas, vendo o que ia levar e o que não ia levar. Durante a tarde, a mulher dona da tenda “boutique” de vendas me pediu roupas e sabonete... eu separei 3 camisas, e todos os sabonetes e xampus que eu havia “separado” durante essas duas semanas, e vou levar para eles amanhã, ah! separei um hidratante também, para dona Margareth, afinal tenho dois, não preciso de dois. Bom, está passando da meia noite e meia tenho que ir dormir, pois amanhã é o último dia e quero estar bem, para encerrar bem as atividades aqui, e estar inteiro para passar mais dois dias em Nairobi... os planos para Nairobi são visitar o Parque Nacional de Nairobi e conhecer o comércio de rua. yeshuahamashia!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Diário de Mombasa: Quarta-feira, 10 Setembro.

Diário de Mombasa: Quarta-feira, 10 Setembro.

O dia amanheceu e eu ja estava acordado. As 6h30m fomos caminhar na Praia, após 40m voltamos para o hotel e fomos para piscina. Para o café sobrou menos tempo, chegamos atrasados a devocional já tinha comecado. A parte da manha foi bastante maçante. Após o almoço começamos a trabalhar em n material da oficina da america latina. Primeiro tinhamos a amiga de Australia e a americana-facilitadora, a primeira parte foi pouco produtiva, qdo elas sairam evoluimos um pouco, depos chegou um chico que mudou todo o trabalho entram retrocedemos novamente. Resvesolvemos escrever para a chefe para esclarecer alguns pontos. Enfim perdemos uma tarde inteira num trabaho pouco produtivo e que deixou muito cansado. Fomos jantar os latinos e dois norte americanos e um ingles cambojano. Ficamos brincando com as tampinhas dos refrigerantes, um campeonato tipo boccha. Em seguida foi dormir, quase dormir no chuveiro, acho que estou cansado de ficar trancado nesse hotel, ainda bem que estamos no penúltimo dia, meu essa reuniao se tornou muito chata. Passei um torpedo para o Brasil e dormi com a tv e ar condicionado ligado.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Diário de Mombasa: terça-feira, dia 09 de Setembro

Diário de Mombasa: terça-feira, dia 09 de Setembro

Acordei como que as 6h10, e tentei ligar para o quarto da minha amiga e ... o telefone está mudo, aliás descobri hoje que o telefone está mudo há 3 dias... tudo bem... levantei e fui tomar banho e lavar algumas roupas “essenciais” e organizar algumas coisas, escrever um pouco mais... assistir o jornal local... e tomei café as 7h30 com um cara da Romênia, que trabalha com igrejas. Ainda de manhã consegui fazer o upload das ultimas fotos da viagem, agora o álbum eletrônico está completo. http://picasaweb.google.com.br/assessortecnico/. De manhã tivemos uma vivência bastante interessante que pretendo reproduzir no Brasil, por isso não vou entrar em detalhes, só para eu recordar: foto de criança, história no verso, chamadas de SIM e NÃO! Não se preocupe, é só para eu lembrar mesmo. Almoçamos com a norte-americana que também é brasileira e o norte-americano mais latino que eu conheço, e também uma colega de Angola. A tarde, ficou por conta dos seminários, o primeiro que participei falava sobre algo que definitivamente eu não preciso estudar mais, o segundo estava sofrível, não agüentei e aproveitei que o garçom (aliás, os brasileiros estão conhecidos por todos os garçons fizemos amizade com todos) pediu uma ajuda minha, pois alguém da organização perdeu a bolsa e ele veio perguntar se eu conhecia a pessoa. Sim, eu conhecia era da mulher que tem um odor pouco agradável. Em seguida, fui para um seminário que minha colega mexicana estava ministrando, foi muito melhor do que os anteriores. Em seguida, e por fim, fui ver o canadense com cara de uma personagem de um desenho que eu não lembro o nome, mas lembro que o personagem principal era um guarda-florestal; ele falou sobre o continuo rural e urbano e foi bastante interessante. Ao terminar essa sessão estava com muita dor de cabeça, então fui para meu quarto tomei uma aspirina e fui para a piscina. Fazia dois dias que não nadava. Fiquei cerca de 1h30m na piscina na companhia de amigos de Nairobi e meus amigos mexicanos. Em seguida voltei ao quarto, tomei um banho e fui jantar, tenho reunião com minha amiga da Austrália. Bom esse foi mais um dia de trabalho e amanhã não será diferente.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Diário de Mombasa: segunda-feira, dia 08 de Setembro

Diário de Mombasa: segunda-feira, dia 08 de Setembro

Acordei como que as 6h20 para ir no banheiro e volto para cama, afinal tinha marcado de tomar café as 07h30m, resultado durmo profundamente e acordo com a minha amiga batendo na porta... Imaginem a correria, mandei ela ir na frente e fiquei pronto em 5 minutos. Começa o grande Workshop, são 111 pessoas das regiões da Ásia, Europa, África e alguma pessoas dos Estados Unidos, Austrália, Londres, e outros partes do Mundo. Após as introduções e a devocional, temos uma dinâmica, e eu conheço Michael dos Estados Unidos, que já me disse que tinha vindo me procurar, pois queria conversar comigo sobre um dos projetos que coordeno no Brasil, marcamos de jantar junto com a equipe dele para contar sobre a experiência do Brasil. Estamos no salão principal e tem Internet, então durante os intervalos aproveito para fazer o upload das fotos. Ah! eu peguei as fotos da câmera da brasileira e dos mexicanos, assim tenho todas as fotos do safári de 3 diferentes máquinas em meu álbum eletrônico:
http://picasaweb.google.com.br/assessortecnico/
Outro almoço é marcado, agora com o pessoal da Austrália, também querem conversar sobre as experiências dos projetos que coordeno no Brasil. Tenho também outras reuniões agendadas, enfim hoje foi o dia de fazer agendas. Estou um pouco preocupado, porque a semana se desenha muito pesada e tenho receio de não termos tempo livre para pensarmos na replicação desse Workshop, que acontecerá em Outubro em Cochabamba-Bolívia. Tive uma experiência, apresentar o conceito de Facilitação, para todos os facilitadores das outras 4 regiões, foi bastante interessante, fiquei nervoso no início, mas ao final da minha fala, o povo que me conhecia estava no fundo da sala, acessando positivamente!!! Ufa!!! “Big-Challenge”. Ao final do dia, consegui conversar com alguns colegas e amigos do Brasil pelo MSN e Skype, algumas boas notícias e outras nem tanto, essas últimas me aborreceram um pouco. Jantamos com os outros latinos, foi muito interessante e divertida a conversa. Desistimos de trabalhar em seguida, pois estávamos muito cansado, então cada um para seu quarto... lembrei do rap “cada um no seu quadrado” ... “cansados no seu quadrado,” “cansado no seu quadrado”... Bom já passam das 23h e tenho que descansar o dia amanhã promete ser mais pesado do que o dia de hoje. Alias hoje recebemos uma tonelada de papel impresso, fiquei com dó das árvores, fala sério... mas seguimos o nosso destino.
“Segue teu destino,
Rega as ruas plantas,
Ama as tuas rosas.
O reto é sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só [dolorido também]
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A reposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses.
Porque não se [re]pensam.

Diário de Mombasa: domingo, dia 07 de Setembro – SAFARI´s DAY


Diário de Mombasa: domingo, dia 07 de Setembro – SAFARI´s DAY


Acordei com o telefone tocando, são 4horas da manhã e marcamos de sair em meia hora. Mesmo com um pouco de preguiça dou um salto e começo a arrumar minha bolsa, uma toalha, um shorts, cueca e meias extras, um livro, mp3, uma toalha de rosto, 2 chapéus e 1 boné, um dicionário, um pacote de pipoca, uma barra de cereal, um saco com balas de banana, 2 garrafas de água congelas, 01 garrafa de suco de laranja também congelada e uma pequena necessarie com protetor solar, repelente, sabão liquido e sabonete, uma escova de dentes e creme dental, band-aid e um rolo de papel higiênico. Ah! Esqueci uma cartela de aspirina. Eu estou vestido feito gringo: bermuda de tec-tell cargo preta, minha camisa feita de fibra de garrafa pet, uma camisa xadrez em cima dela e um chapéu tipo australianos (cata-ovo), que por acaso ganhei de um australiano, tênis e meias brancas. Tentei tomar outro banho para despertar, mas estava sem água quente, então só renovei o desodorante... E fomos para recepção, encontrar nosso amigos mexicanos que foram conosco na jornada, chegando lá o guia disse que precisava que pagássemos em chash, porque ele tinha que pagar a entrega no parque e a refeição (eu tenho um capitulo a parte sobre esse último ponto). Volto ao quarto para pegar os dólares, confesso que naquele momento o preço era um pouco alto para mim, mas tudo bem, não sei quando voltarei para África, tão cedo (queira Deus, que seja bastante cedo). Saímos os 4 do hotel Sun and Sand, com destino ao Parque Nacional de Mombassa. Ainda tem estrelas no céu, e uma lua minguante. Alguns minutos depois paramos em outro Resort, pois tínhamos companhia. Um ucraniano chamado Yuri, polako, branquelo de olhos bem azuis, tava vermelho feito camarão frito, e vestido muito estranhamento, usava um chapéu de palha verde, que tinha um buraco no topo da cabeça e quando ele colocava apertado na cabeça os cabelos pulavam pra fora como se fosse um ninho de passarinho. Durante o caminho víamos muito bares e boates ainda abertos. Nas estradas homens vendem sacos grandes de carvão, eles produzem de forma caseira e vendem nas rodovias para fazendeiros e gringos que tem casas nessa localidade. Mulheres carregam latas de água na cabeça, com vestidos com cores tão vivas e desenhos (alguns simétricos e outros assimétricos, alguns geométricos outros flores) que nem uma brasileira mais descolada teria coragem de usar. O guia comentou comigo, que existe uma invasão de gringos em Mombasa, muitos vêem e constroem casas de veraneio outros, abrem comércios, enfim, nada diferente do que acontece no Brasil. Meu café da manhã ainda na VAN é uma barra de chocolate (Snickers), uma barra de cereal e a garrafa de suco que eu tinha congelado. Ah! Importante registrar que tive a mesma sensação de medo do dia que cheguei, lembra do carro com a mão inglesa (do lado direito do carro) então nosso novo motorista dirigia um pouco mais ousado do que o taxista que nos levou ao hotel. A vegetação vai mudando na medida que vamos, nos aproximando das zonas dos parques. Aprendi a diferença entre Agreste e Caatinga. Gados e cabras para os lados, em diferentes números, algumas fazendas dava até para contar a quantidade de criação em outras era simplesmente parecida com grandes fazendas de gado no Brasil. Outra coisa que me intriga é a proporção de igrejas, depois escolas primárias e secundárias e alguns postos de saúde, vou perguntar sobre isso, para a oficial da VM aqui. Entramos no Parque. Descubro que tem várias entradas, essa era só a primeira, onde fica uma loja de artesanato que também é uma lanchonete improvisada. Tiro algumas fotos, mas não compro nada. Seguimos para a segunda entrada, na esquina um totem de um rinoceronte com as informações NATIONAL PARK EAST - MOMBASSA, que na verdade fica no condado de TSAFO, na cidade de VOI, e entramos no lado LESTE do Parque. Nesta entrada do parque figuras de rinocerontes desenhadas em metal no portão, e também, uma cortina de fios elétricos, que o guia me disse que é para conter os animais, para eles não saírem do “cercado” parque. O mapa custa U$ 15, achei caro e não comprei. Somos recebidos por uma família de BABUÍNOS, que andam de um lado para o outro, curiosos pelo carro e os flashes das câmeras. Ao entrarmos na terceira e última entrada do parque, ou seja, na estrada principal, alguns pequenos e simpáticos ESQUILOS, vem nos dar saudações, chegam até perto do carro, olham durante alguns minutos e voltam correndo para as árvores (sinceramente acho que são domésticos e esperam por comida). Antes de seguirmos o guia levanta o topo da VAN, para que possamos ficar de pé dentro do carro. Seguimos em direção a grande savana que se revela de forma espetacular em nossa frente, as montanhas são simplesmente espetacular, cores, formatos e tamanhos diferentes. Durante um minuto resolvo sentar e começo a olhar para as árvores, a grama oras verde outra seca, e de muito longe avisto LEOAS... sim 3 LEOAS. Todo mundo fica simplesmente admirado com eu consegui enxergar de tão longe as LEOAS, o guia também se diz muito surpreso dizendo que não era normal um gringo enxergar um animal à tamanha distância. Enfim, gastamos algum tempo ali admirando as LEOAS que descansavam sob uma árvore. Impossível não lembra da música:

“In the jungle, the quiet jungle, the LIONS sleep tonight...
In the jungle, the mine jungle, the LIONS sleep tonight...
HAWI MAWE,
HAWI MAWE,
HAWI MAWE,
HAWI MAWE”

Daquele mesmo local, avisto girafas, mais a frente um antílope solitário (com fins pedagógicos vou chamar todos os animais que parecem um antílope de antílope... rsrs ...). O guia me explicou que existem 3 tipos de antílopes, 3 tipos de girafas (com manchas e “chifres” diferentes) e 3 tipos de elefantes. Neste momento eu estou muito, mas muito emocionado, é indescritível observar tanta natureza e a imensidão dessa natureza a minha frente, neste momento, não consigo conter as lágrimas, viro de costas para os demais amigos do carro e as lágrimas vêem, junto a um sorriso... é um sentimento muito diferente de tudo que já senti agora.
“A vida é breve
A Alma é vasta” ...
Meu, tudo é muito grande, a beleza, o local, os animais...
“Pensar é estar
Doente dos olhos” (FP)
Enfim, continuemos... um pássaro muito grande está logo a nosso frente, ele parece um faisão tamanho “XL”, ao longo do parque vimos alguns, mas são os últimos segundo o guia. Outros passarinhos também nos chamam atenção, um deles com um azul tão brilhante em suas asas, outro que parece o nosso canarinho, e outro ainda que parece uma bola de futebol, daquelas antigas em preto e branco, por falta de nomes e-ou de conhecimento e-ou ainda por simplesmente não entender o nome em inglês, começamos a re-batizar os nomes de alguns animais. Ah! Veados também são mais de 5 tipos, uma espécie bem pequena como que menos de um metro de altura, outra que são os “Bambis” – sim aqueles do Desenho da Disney – outros maiores que saltam muito, outros ainda com chifres gigantes e outros ainda do tamanho de um cavalo com cara de cavalo e com chifres – não, não são unicórnios... rsrs.. As árvores são um show a parte, uma mais linda que a outra, algumas centenárias nomeio do nada, simplesmente ela está lá gigante, no meio do campo aberto. Outras menores todas arranhadas ou retorcidas pelos elefantes. Falando neles logo a frente encontramos alguns que logo correm para dentro da floresta. Estamos no lado das florestas. Paramos em um acampamento para um “refrigério” e ir ao banheiro. O guia explicou que é permitido acampar no parque, mas que uma família de até 5 pessoas, tem 3 guardas do parque junto a eles a todo tempo. O turno da manhã dura umas 4 horas. Vamos almoçar na cidadezinha de VOI. Durante o caminho alguns nativos daquela tribo dos “homens que saltam” – eu já falei sobre eles outro dia. Algumas crianças também estão na estrada pedindo dinheiro. Vi uma feira popular, lembra a feira de escambo do Capão. Algumas escolas, um posto de saúde, várias igrejas. Dentre as placas e outdoors, um pequeno dizendo que ali tinha um PDA da VM. Chegamos no restaurante que era bem pequeno e simples. Estava com medo de comer, de tanto que o povo tava falando. Então comi arroz, carne moída no molho de tomate e frango assado, pão e duas coca-lights. A comida não é muito boa, falta tempero e sal, mas sinceramente, estou na África fazendo um Safári, então meu paladar apurado pode esperar um pouco. Estava com tanta fome, que tive que repetir... rsrs... enfim... tudo vale a pena nesse momento... ah! não comi a salada!!! O gringo que estava com a gente comeu de tudo um monte, depois pudemos “ouvir” o resultado no banheiro. Voltamos ao parque, mais Babuínos na entrada. Agora vamos fazer um caminho em outro sentido. De manhã tive uma impressão de darmos a volta inteira no parque e agora estamos indo pelas estradas pelo meio do parque. Agora sim, muitos elefantes, uma família de elefantes ao nosso lado, com uns 4 filhotes e suas respectivas mães. Elas estavam um pouco agitadas e nervosas, segundo o guia então paramos longe para observar eles tomarem banho. É muito engraçado, e ao mesmo tempo lindo a maneira como as mães ensinam os filhotes a se banharem. Esses eram chamados de elefantes vermelhos, porque eles se molham e rolam no chão de terra vermelha, isso é um mecanismo para protegê-los contra insetos e parasitas. Logo a frente, de longe observo ao que lembra cavalos, mais chegando mais perto são elas as ZEBRAS, charmosas e vestidas de pijama. Sim algumas vestidas com pijamas brancos com listras pretas e outras ainda com pijamas pretos com listras brancas. São várias, um monte... pequenas, grandes, gordas, magras, mas todas muito lindas... parece que não são de verdades, nunca tinha visto uma zebra tão de perto, na verdade não me lembro de ter visto alguma zebra antes. É incrível, tem horas que você duvida que seja de verdade e dá vontade de tocar para checar de é verdade. Mas fomos claramente advertidos, se alguém saísse do carro, o passeio acabava no mesmo instante. Cupinzeiros enormes estão espalhados por toda parte, e perto de um deles consegui ver suricatos ou seria lêmures, enfim, estão tão longe que não pude observar precisamente, mas sabia que era uma ou outra família desse fantásticos roedores comedores de insetos. Falando nisso, advinha o que vimos “Pumbas”, sim javalis, vários deles, vermelhos e sujos. Foi difícil tirar fotos, eram muito assustados. Sem dúvidas começamos a cantar:

“Os seus problemas,
você deve esquecer,
isso é viver,
é aprender
HAKUNA MATATA”
(means: “No Problem”)
Quem assistiu Timão e Pumba ou o Rei Leão, vai entender essa automática associação.

O turno da tarde dura mais quase 3 horas e quando estávamos saindo do parque, avistei de longe um grupo assustado de veados e logo a frente “Cheatas” (algo parecido com leopardos) uma mamãe chetara com seus dois filhotes atravessam a rua a poucos metros do nosso carro. Novamente o guia diz, que estávamos com muita sorte, na entrada leões e na saída cheteas, que também estavam em extinção no parque. Mais a frente outro grupo de javalis descansam em baixo de uma árvore e outro passaro gigante parecendo um pavão cinza é avistado a poucos metros do carro. Saindo do parque, voltamos à lanchonete-loja de artesanatos, para usar banheiro, lavar o rosto que estava vermelho da poeira, e tomar uma cerveja, para celebrar aquele dia, que foi simplesmente fantástico. Dormi no carro durante alguns minutos. Ao acordar sou entretido ouvindo todas as histórias de aventuras da minha amiga de trabalho. Os mexicanos dormem a viagem toda e o gringo ta lá com seu ninho na cabeça. Passamos pela cidade de Mombasa na volta, muita gente na rua, um grupo de quase 100 pessoas bem vestidas está com suas bíblias caminhando para a igreja. Vi feiras de rua, as pessoas vendem de tudo de tomate a tecido para roupa, de chinelo até uma sopa que ele cozinham numa trempe no chão. Dentre as igrejas, encontro uma mesquita, pintada de rosa e com uma arquitetura indiana espetacular. São quase 18h e estamos chegando em nosso hotel, mas antes entregamos o gringo no hotel que ele estava. Chegamos no nosso hotel eram quase 19h da noite. Vou tomar banho e a água que sai do meu corpo é vermelha feito à cor da terra nas costas dos elefantes. Estou com um pouco de dores nas pernas, por ter ficado de pé o dia todo, meus braços, mesmo com protetor, estavam bastante queimados do sol; a roupa que estou usando está muito suja. Vou para cama às 21h, antes disso passo alguns torpedos para o Brasil, para contar aos amigos sobre a aventura. Obrigado(a) por vocês estarem aí do outro lado! Obrigado a Deus, por ter feito tantas coisas belas. Sinceramente todas as pessoas deveriam fazer um SAFARI pelo menos uma vez na vida! Sem dúvida nenhuma, foi à experiência – aventura – mais significante de toda a minha vida! Mesmo que eu me desafiasse a escrever mais 100 páginas descrevendo cada cor, cheiro, cada sentimento, com mil adjetivos e um milhão de substantivos e bilhões de predicados não conseguiria descrever, nem de longe como foi a experiência que tive hoje e que com certeza, está marcada de forma indelével em minha alma.
Obrigado Amigo-Google por me proporcionar essa oportunidade,
Obrigado a minha rommie, eterna amiga e companheira,
Obrigado BB, por ser o cara que mais me apóia e me incentiva a fazer essas loucuras.
“Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.” (FP)
“Tenho algo em comum com Fernando Pessoa – Tenho urgência de viver”

Album de Fotos Atualizado!





sábado, 6 de setembro de 2008

FOTOS!!!








Diário de Mombasa: sábado, dia 05 de Setembro

Diário de Mombasa: sábado, dia 05 de Setembro

Acordei hoje a 6h45m, sinceramente não tava muita a fim de levantar da cama, mas o telefone tocou do outro lado uma voz extremamente acordada, e alegre. Minha colega me chamando para irmos para ginásio pedalarmos um pouco. OK, contrariado levantei... puxa vida é sábado, é de manhã... vamos começar a trabalhar muito cedo, mas OK, eu fui... quinze muitos esticando, esticando, puxando, puxando, sentindo cada músculo que eu nem sabia que eu tinha, depois disso, bicicleta... eu não sabia para que servia aquele treco com números que tem na bicicleta, é para deixar mais pesada o pedal, como se tivesse subindo um morro... fizemos 4 tempos de 5 minutos em cada peso. Depois disso, estica, estica, puxa, puxa, aí que dor... mas depois de fazer o alongamento para de doer tudo. Em seguida fomos correndo, tomamos café correndo, banho correndo, red-bull correndo, e chegamos na reunião... hoje estou no meio do time de especialistas. Estranha a sensação de estar numa sala onde todo mundo é especialista em alguma coisa, menos você e de repente o chefe vira e faz um elogio justo pra mim!!! Tomei um susto, com o cara agradecendo minha presença, especial, muito contributiva, e blá, blá, blá... os amigos e colegas que me conhecem olham para mim e fazem gestos vibrando... fiquei meio sem graça, mas tudo bem... como não estava esperando... valeu! Em seguida mais uma surpresa... sabe aquelas dinâmicas que parece que não vai dar em nada e no fim é uma coisa muito massa!!! Pois é, aconteceu hoje também... trabalho em dupla, ficou eu e a norte-americana que cresceu no Brasil, então começamos a trabalhar, estávamos de costas um para o outro e eu tinha que passar informações para ela sem olhar para trás e ela tinha algumas peças na mão e tinha que montar o quebra-cabeça que eu tinha em meu papel de informação, foi muito interessante, pois eu a orientava com informações muito precisas, tamanho, formato e posição das peças, como também todo o log-frame da peça. Enfim fomos a primeira dupla a terminar, foi bastante interessante... essa vai entrar para meu rol de dinâmicas. O dia foi bem interessante, muita gente estratégica e especialista junto, tinha hora que eu não entendia nada, e não era só da barreira do idioma, é porque o povo não falava coisa com coisa, enfim, mas todo mundo fazia cara de que tinha entendido tudo e achado muito interessante... “welcome to strategy world”. Uma coisa que gostaria de saber, é porque todos os indianos têm uma serenidade e passa uma tranqüilidade, de dar inveja em qualquer japa que faz taichi no parque da aclimação... hoje encontrei os restante dos amigos-colegas gringos, conversei muito com cada um deles, uns mais outros menos, outros eu evitei, porque o sotaque é impossível.... rsrs... terminou o dia e fomos para piscina, hoje o grupo é maior, e tive companheiros na piscina pela primeira vez, até então só tinhas as companheiras... rsrs... ficamos um pouco além do permitido, na verdade hoje abusamos, a piscina fecha as 18h e ficamos lá quase uma hora a mais, em relação aos outros dias. Fui ao quarto tomei banho, baixei as fotos, e a pedidos, vou tentar postar algumas fotos... a conexão na ajuda, estamos proibidos de fazer ligações de skype, pois se alguém fizer derruba os outros usuários.... mas não custa tentar, já que meu amigo-google, está insistindo... vamos ver... estou agora jantando com meus amigos mexicanos... ah! Decidi... vou ao Safári amanhã!!!!!!!!!!!!!!!!!! Pois é, quando terei outra oportunidade? Sabe Deus!!!! Então vou relaxar e aproveitar, e tirar umas mil fotos... daqui a pouco tenho que ir dormir... estamos ouvindo mais um grupo musical que tocou garota de Ipanema e me fez lembrar o Rio de Janeiro... e um Jazz, que é a cara de Sampa, aliás Sampa me lembra Jazz e Jazz me lembra Sampa, estou com saudades da terra da garoa (que não garoa a muito tempo). Estou pensando em escrever alguns posts separados de datas e do diário, um deles deverá se chamar: “O quarto 380 – minha casa na África”, outro pensei em escrever sobre “Os corvos – aves interessantes no bom e no mal sentido” enfim.. tenho muito que preparar para a aventura de amanhã e se sobrar tempo, prometo escrever e postar amanhã, mas não prometo, não!!!
Aula de Shwahili:
Jambo = Olá (acho que vou escrever um post sobre esse comprimento)
Habari Gani = Como você tá?
Mzuri Sana = Estou bem!
Assante = Obrigado(a)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Diário de Mombasa: P.S. DA SEXTA FEIRA 22H

Diário de Mombasa: PS DA SEXTA FEIRA 22H

Toda a noite tem um evento aqui no hotel, ou o povo traz algum grupo local, para cantar musicas para os gringos, ou fazem alguma atividade festiva, hoje aconteceu uma coisa interessante, mas também show para gringo ver... membros de uma tribo local, vieram cantar e dançar aqui, eu já vi essa tribo pela TV, eles cantam e pulam, isso mesmo, ficam saltando metros, eles competem entre si, para ver quem pula mais alto. As mulheres da tribo têm o papel de cantar, os homens só emitem um som de batida de fundo, como se fosse um mantra, cada um canta uma coisa diferente, as mulheres com vozes estridentes fazem a melodia ritmada e hipnótica. As roupas são belíssimas, coloridas, eles usam um arco grande e um escudo preto com figuras pintadas em branco. É de tirar o fôlego e muito emocionante a performance deles. É incrível a altura que esses caras saltam. Eu tinha que registrar isso aqui no diário. Bom, acho que agora sim, até amanhã, vou para meu quarto assistir CNN e dormir.

Diário de Mombasa: sexta-feira, dia 04 de Setembro

Diário de Mombasa: sexta-feira, dia 04 de Setembro

Acordei hoje as 6h45m, como tínhamos combinado de correr (pela 3 ou 4 vez) liguei e acordei minha colega de trabalho, que para minha surpresa já estava acordada e disposta a caminhar (é importante esse parêntesis – ela foi ginasta olímpica, nadadora, praticava salto ornamental, e jogou hand-ball) então saímos. Estávamos descendo as escadarias do nosso bloco e eu reconheci um barulho de macacos brigando, e estava certo no palpite, pela primeira vez pudemos ver um grupo grande de macacos-cinzas, alguns deles – acredito que uma mãe e 3 pequenos filhotes, nos acompanharam – andando em cima do muro - até a entrada do hotel, foi bem legal, pois eu já estava achando que em Mombasa só tinha corvos – vou escrever um tópico só sobre o comportamento dos corvos. Enfim chegamos a sala de ginástica na esperança de pedalar um pouco, mas estava fechada então decidimos caminhar – na minha cabeça era só dar uma puxadas nas pernas e pronto – que nada, gastamos cerca 15 minutos esticando aqui, ali e acolá, enfim eu senti músculos que eu nem sabia que tinha em meu corpo. Andamos e corremos, corremos e andamos, enfim 12 minutos depois eu estava morrendo de dores nos músculos da minha canela... voltamos andando. O caminho era muito interessante, pois pela primeira vez na semana, saímos dos limites seguros do hotel, e fomos andar-correr na rua. Durante o caminho pude observar melhor a pobreza do local. As casa são construídas de pedra e cobertas com sapê seco (palha). A igreja pentecostal local, não tem janelas e nem portas – me lembrou uma igreja que temos em Butrins em Olinda, ou será Recife.. hum. Mais uma pergunta para meu amigo-google. A igreja católica é mais ajeitada, tipo tem janela e porta. A escola de enfermaria é de pau a pique – ou seja palha e madeira com barro, dá para passar por baixo das duas portas... muitas crianças de uniforme na rua – as meninas com vestidos de golas inglesas, e os meninos com bermudas sociais – tudo azul. Durante o caminho, várias pessoas nos cumprimentam com “Jambo” (significa: Olá!). Ao passarmos na frente da escola – que mais parece um aglomerado de pequenas casinhas, acho que as salas são uma em cada casa... As crianças ainda brincam debaixo da árvore, não é horário delas entrarem, então ainda brincam e quando passamos correndo, viramos a atração do dia, brancos correndo... pois é aqui sou branco, nem de longe eles identificam nada de descendência negra em mim... ao contrário do que dizem no Brasil... voltamos da corrida e mais 15 minutos de alongamento, meu tudo doía, mas o alongamento fez a dor sumir... depois disso sai correndo e tchibummm na piscina, 4 braçadas para um lado 5 para outro lado e saio correndo estamos atrasados para o café... o dia de trabalho hoje foi puxado pois a sessão foi das 09 as 14h direto (fiquei com dor de cabeça). Após a reunião fomos almoçar, descansamos um pouco, quer dizer – baixamos os e-mails e respondi alguns. Chegaram os amigos do México, e eles já nos convidaram para um programa no domingo, um Safári a bagatela de US 180,00, confesso que estou com muita vontade, mas acho caro, então paira a dúvida... será... mas ... quando voltarei a Àfrica? Hum... to na dúvida... em seguida fomos para a piscina, tomar uma cerveja e descansar. Encontramos a família de uma colega da organização que vive aqui perto em Nairobi. Foi uma tarde agradável, brincamos com as crianças na piscina, num tipo de escorrega que tem entre uma piscina e outra. Hoje chegaram mais colegas: Brett e Keren da Austrália, Bill de US, Paloma e o marido do México. Enfim o povo ta chegando, amanha teremos uma grande reunião das 8h as 18h, vai ser bem puxado. Apesar de eu já estar pensando, falando e ouvindo em inglês, e a partir de hoje, falo oficialmente 3 idiomas – inglês com os gringos, espanhol com os mexicanos e ainda o português com as duas colegas uma brasileira e uma norte-americana criada no Brasil. Aqui já são quase 22h, e estou me preparando para ir descansar pois amanhã será puxado, mas se o dia amanhecer legal, vamos fazer um alongamento e bike ou corridinha básica. E vou pensar também na idéia do Safári.
Para encerrar, fiquei refletindo, acredito que deve existir alguma explicação ou síndrome do outro continente, mas abri um livro de poesias de Fernando Pessoa (Quando fui outro) e li esse poema abaixo chamado:

LIBERDADE
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada.
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há uma bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Diário de Mombasa: quinta-feira pela manhã do dia 03 de setembro

Diário de Mombasa: quinta-feira pela manhã do dia 03 de setembro

Acordei, são 07h26 da manhã, o tempo ta nublado, mas quero sair para caminhar ou nadar tenho uma sensação de que preciso fazer algo e não voltar a dormir. A colega da Albânia esta na piscina, e pergunto se a água esta muito fria, ela responde que não, mas fico desconfiado, afinal ela é da Albânia, vai saber o que não é frio lá... enfim num impulso coloco meu shorts e vou para a piscina, colo o pé e está gelada, então não penso duas vezes e me jogo na água... realmente não está tão fria... conversamos um pouco ela contou a experiência de visitar uma ilha, onde tem um projeto da Visão Mundial, o local era muito pobre e ela dormiu no chão sobre um colchão e um lençol sem travesseiro num quarto que tinha a largura do quarto e não tinha piso era a mesma grama do que o lado de fora. Enfim mais uma dessas histórias-aventuras que vivemos na nossa organização. O dia foi pesado reunião o dia todo, sem tempo até de conectar no dia do almoço. No final da tarde, optamos por fazer uma “hora extra” e continuar trabalhando, foi uma merda!!! A conexão era péssima, aliás a conexão aqui é normalmente péssima!!! Se mais de 15 pessoas estiverem conectadas, cai e não volta mais... a noite é mais tranqüilo durante o tempo que o povo ta tomando banho. Enfim eu recebi uma mensagem mal educada da coordenadora do meu curso de Controle Social, dizendo que ou eu fazia a prova e entregava os exercícios ou poderia considerar-me fora do curso. Então dediquei algumas horas estudando as apresentações, eu já tinha lido o material e fiz a prova que valia 50 pontos e eu fiz 48 pontos... fiquei frustrado pois queria mais claro, como um bom CDF eu queria tirar o máximo. Fiz também algumas participações nos fóruns temáticos. Enfim vou aguardar a avaliação final e ver no que deu. Fomos jantar, os garçons cantaram, a gente entrou e comeu, eu já tava meio aburrido, com esse dia perdido, ou melhor, enfiado em trabalho. Enfim foi um dia perdido! Chego no quarto, cansadíssimo! Ligo a TV – só um pego um canal – e CNN, merda!!!!!!! Estou tão cansando, e tenho que ler um monte de material, dedico mais ou menos 1 hora para leituras e responder e-mails. Ao terminar já estou dormindo!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Diário de Mombasa: quarta-feira, restante do dia 03 de setembro

Diário de Mombasa: quarta-feira, restante do dia 03 de setembro

Primeira coisa que preciso dizer, MOMBASA é com um “S” só, pronto já me corrigi, não tenho problemas com isso. A reunião começou britanicamente as 09h. A reflexão-matinal feita pelo inglês que vive em Camboja, foi extremamente interessante, ele conseguir fazer uma leitura estratégica de uma passagem que já li e ouvi pregações muitas vezes. Hoje começamos a fazer exercícios sobre a nossa realidade, tive a oportunidade de ter contato com metodologias e ferramentas simples e úteis (apesar deles não aprofundarem muito essa segunda característica). Nosso trabalho na América Latina, aparentemente, está mais avançado que nas outras regiões e tivemos a oportunidade de ouvir como o projeto esta se desenvolvendo em cada região e quais são os avanços e limitações de cada região aqui presente (ASIA, EUROPA, AFRICA e América do SUL). É incrível como você é forçado a todo tempo a abrir suas perspectivas, o que não é problema para nós no Brasil a muito tempo com a relação com as igrejas, por exemplo, é uma barreira muito grande em outro lugar, porém ao mesmo tempo que temos um “histórico” de construção da nossa comunidade latino-americana, temos paises que se quer foram “colonizados” como fomos e nunca passaram por questões que hoje são limitantes para todos nós. OK! Parei com essa reflexão sobre serviço, afinal o diário é para registrar a aventura da viagem e não as reflexões sobre serviço. Durante o almoço como a coordenadora da Europa e da Ásia, pudemos conversar um pouco mais sobre família, filhos e vida de solteiro e vida de casado, sempre interessante ouvir as diferentes perspectivas sobre esse assunto. A reunião a tarde foi mais um grande bate papo sobre como as experiências que vivem na América Latina, pode ou não inspirar as demais regiões. A reunião hoje acabou, incrivelmente às 15h, e fui para a piscina. É incrível como ficamos refém de trabalho o tempo todo, pois, ao sair da reunião recebi um convite para outra reunião, então devolvi a questão para a pessoa perguntando se não poderíamos fazer a noite, já que ainda tínhamos algumas horas de sol e que poderíamos aproveitá-la de forma mais produtiva... vamos aproveitar o sol e temos a noite toda para trabalhar, a pessoa refletiu durante alguns poucos minutos e disse: você tem razão, vamos fazer isso. Fomos num grupo para a piscina e outro grupo tinha planos diferentes. Após alguns minutos – deixe me explicar uma coisa aqui – entre as piscinas tem um canal, como se fosse um corredor de água, ali como bate sol o dia todo a água é mais quente e se tornou nosso lugar preferido. Somos convidados a nos juntar ao outro grupo que foi andar de kaiquê (essa é mais uma palavra para minha rommie ou meu amigo-google corrigir – please feel free!). Era algo muito desafiador e confesso que estava com um pouco de medo (na verdade era muito medo, pois não sou um exímio nadador – hoje ouvi o seguinte: “Raniere, sim ele sabe nadar, só que ele mataria afogado as outras pessoas ao seu lado, de tanta água que ele joga para cima.” – sim estou aprendendo a nadar corretamente.). Então pegamos um kaique de dois lugares, minha amiga brasileira foi comigo, éramos dois kaiques duplos e 3 individuais. Nesse momento fomos abordado por um vendedor ambulante local, que começou a conversar conosco oferecendo os produtos e em seguida perguntou de onde éramos, e ficou surpreso quando dissemos que somos brasileiros e a pergunta seguinte dele foi: vocês entendem inglês, vocês falam inglês (ponto de interrogação)... detalhe é que estávamos até então conversando com ele em inglês. Bom, voltando ao kaique, entrar nele já foi um desafio, pois ele não ficava parado dado à movimentação das ondas, então minha alternativa foi me jogar em cima dele, excelente alternativa J a princípio combinamos de remar juntos, fomos os últimos a entrar na água. Foi uma aventura, o mar é verde claro e você vê o fundo do mar. Para mim, estar ali remando e olhando aquela imensidão era uma mistura de adrenalina, alegria e superação, afinal não sou muito de me jogar sobre o desconhecido – tanto quanto aparento – estava com medo sim, mas também estava com muita vontade de viver aquele momento intensamente. Talvez o sol, a cor do mar, o cheiro, o frescor da água morna, o kaique o remo e o incentivo da galera tenham me encorajado – sim, confesso, sou medroso e avoid a esportes radicais – mas minha curiosidade de aprender me condena. Nosso kaique era o único que não ficava “retinho” tipo, ou só de frente ou só de costas para as ondas, ele sempre tava de um lado par ao outro, afinal era a primeira vez de ambos tripulantes desengonçados e completamente atrapalhados, sem falar em fora de ritmo, pois estamos rindo a todo tempo, oras eu remava demais e muito forte e minha colega só aproveitava o “embalar das ondas” ora eu aproveitava da gana dela de remar para ir descansando e algumas vezes remávamos muito. Isso me fez lembrar um monte de coisas de serviço e refletir ainda mais sobre minhas práticas atuais, porém como o diário não é para isso, vai ficar para alguma oficina, o compartilhar dessa aprendizagem – “A Liderança e O Kaique - minha primeira experiência andando de kaique e como é difícil permitir-se ser liderado”. A aventura durou somente 30 minutos, mas para quem esta no mar, a sensação de tempo é maior, pareciam oras. Voltar para a praia foi tão difícil quanto chegar pouco antes da arrebentação do mar. Foi um trabalho duro, penso que nos próximos dias meus braços e pernas, devem ficar doloridos – mas é por um bom motivo, confesso J. O grupo todo foi para a piscina, uma fala interessante foi: “poderíamos discutir os problemas aqui, pois na piscina, todos estão desarmados (não resistentes quanto na sala de reuniões.” Começo a desconfiar um pouco – de forma conveniente claro – do povo que ousa a todo tempo misturar lazer e trabalho ou trabalho e lazer – o que está certo ou errado, não sei, só sei que tento unir as coisas num balanço. A idade – eu sei é engraçado ler isso de uma pessoa de 31 anos – tem me mostrado que a vida é um constante correr atrás de balanço e equilíbrio – e olha que eu não sou a pessoa mais equilibrada nem do meu espaço micro de convivência – meu apartamento, ou a casa dos meus amigos, quem dirá no serviço ou,,,, bom deixa para lá, afinal o diário não é para fazer auto-terapia. Durante muitos anos, fiquei focado no trabalho, e jamais me passava na cabeça, ao viajar, sair para curtir e aproveitar se quer uma noite, se quer algum momento, todos os encontros se resumiam para mim em estudar, ler todo o material, elaborar questões relevantes, fazer intervenções fascinantes, enfim... (aqui caberia uma análise que fica por conta de quem está lendo, pois meu recuso a ser “óbvio”) durante os últimos dois ou três anos, é que eu tenho me permitido a aproveitar as oportunidades no seu sentido mais amplo. Juntar serviço-trabalho e lazer. Depois que a galera foi embora, minha colega e eu rachamos uma cerveja, para celebrar o dia, e para nossa infelicidade a cerveja estava “choca”. Voltei ao quarto, preparei uma banheira, com água morna e muito shampoo (ué, na falta do gel para isso, eu improvisei, até porque o shampoo que eles fornecem é bem mais ou menos), coloquei um CD para tocar e ao som do mestre Leo Peracchi e a Jazz Sinfônica, ouvi as canções de Tom e Vinícius na voz de Na Ozetti, Mônica Salmaso, Vânia Bastos, Tetê Espindola, Jade Duboc, Celine Imber e Myrian Peracchi. Descobri que um banho demorado tem sua razão de ser. Em seguida fui jantar, cheguei muito cedo o restaurante ainda estava fechado, e presenciei algo interessante, todos os garçons e garçonetes, fazem um tipo de cerimônia para iniciar o trabalho, ele entram em grupo cantando e dançando. A música é bastante harmônica e tem um ritmo dançante. Rapidamente puxei um garçom e pedi pra ele me explicar o que significava, eu consegui identificar que estava sendo cantada em Shwahili. A letra da música fala sobre a felicidade de uma família em receber o primogênito. Ele me prometeu entregar uma versão da musica impressa, em inglês e shwahili amanhã na hora do almoço. Após o jantar especial – descobri que tenho que fazer um cozido de repolho, ervilha e massala, é uma deliciaaa – tirando o efeito colateral!!!! Após o jantar – a mesa de hoje foi grande, o povo do encontro ia chegando e encostando as mesas na nossa – fui tentar responder algumas mensagens, mas fui surpreendido às 20h da noite com um sono descomunal, que me venceu, fui para o quarto deitei e dormi. Acordo a meia noite e vinte, após o telefone tocar uma vez, fiquei torcendo para tocar a segunda vez – massa, tocou – atendi e tive uma maravilhosa conversa de alguns poucos minutos com um amigo (BB+ ILY+TAM). Logo em seguida perdi o sono. Lavei uma camiseta e o shorts que ficaram completamente molhados da aventura do kaique. Nesse momento, estou na varanda do meu quarto e são quase 3 da manhã, perdi o sono, e tenho essa súbita vontade de escrever, sinto a brisa vindo do mar, através de um vento leve e carinhoso e daqui vejo sob outra perspectiva como os coqueiros são também bonitos a noite, com a piscina, a grama a luz amarela em frente ao outro complexo de apartamentos a minha frente dá um toque romântico, ou diferente a cor rosa-laranja que dominam as construções aqui no “Club Sun and Sand Resort”, que sinceramente no Brasil, não seria considerado um 5 estrelas – acho importante registrar isso, os quartos são simples, a cama é boa (e os 3 travesseiros também – fator esse pra mim raríssimo e fundamental), o chuveiro é temperamental – você ta tomando banho, a água ta morna e de repente um jato de água gelada – ou vice versa. Bom, vou ficar por aqui, parar de assistir BBC, e tentar dormir, daqui a pouco o dia amanhece e quero tentar caminhar e me preparar física e espiritualmente para outro dia duro de trabalho, que Oxalá sobre tempo para a piscina.