sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Diário de Mombasa: quinta-feira, dia 11 de Setembro

Diário de Mombasa: quinta-feira, dia 11 de Setembro

Primeiro gostaria de justificar a falta de pontuação e acentuação que tenho em alguns posts, é que parte do meu diário é escrito no meu PDA (Treo 650). Bom o dia hoje tinha tudo para ser conforme os dias anteriores dessa semana, ou seja, ficando um pouco mais chato, porém o dia de hoje é o dia da MONTANHA RUSSA EMOCIONAL. Agora voltamos aos fatos. Acordo as 06h05, o relógio desperta e o dia ainda está nublado e escuro, mesmo assim escuto 3 pisadas fortes no apartamento de cima, onde está a outra brasileira – lembrando estamos sem telefone nos quartos a semana toda – e esse era nosso código para sairmos para caminhar. Hoje decidimos voltar para a praia, afinal não era tão perigosa quanto imaginávamos e os feirantes também não acordam tão cedo. Desenvolvemos uma técnica para não ser “aliciados” pelas ofertas comerciais, falamos em português muito rapidamente, eles não reconhecem o idioma e nós também não respondemos as perguntas em inglês, logo eles desistem, como funcionou no primeiro dia adotamos a mesma estratégia para o segundo dia. Hoje fomos caminhar com a nossa amiga norte-americana que fala português, ela é filha de norte-americanos mais cresceu no Brasil e agora mora a 5 anos em Washington DC. Ela gosta de estar com os brasileiros, pois, disse que é bom para recordar seu português, já falado com um sotaque muito forte. O sol está nascendo, e para ajudar você a ver o que eu estava vendo, uma pergunta: Você já assistiu o Rei Leão? (tive que copiar esse ponto de interrogação de outro documento...rs) Se você já assistiu Rei Leão, deve lembrar do Sol Nascendo, um amarelo-vermelho- alaranjado (será esse uma novo neologismo, espero que sim...rs) pois é hoje eu vi com meus olhos em frente de mim, o SOL nascer bem amarelo-vermelho-alaranjado, disse para minhas amigas, ninguém vai acreditar nisso, portanto saquei a minha máquina fotográfica e saquei várias fotos, que estão numa pasta chamada “Por e Nascer do Sol na África” http://picasaweb.google.com.br/assessortecnico/. Em seguida tomamos uma ducha e tichbummm na piscina, 10 minutos são revigorante e fazem uma tremenda diferença no dia. Fomos para a plenária, vimos mais um vídeo muito interessante, aqueles com mensagens, que combinam com as cores, que combinam com as musicas, que mexem com os sentimentos e emoções e são eficazes em fazer com que as pessoas se agregarem à missão de outros. Recebemos uma boa noticia 2 horas de almoço.... ou seja, temo para fazermos o que quiséssemos... Então... Fomos nadar no mar, sim pela primeira vez aqui, tomamos coragem de enfrentar cada um dos milhares de ambulantes-feirantes-comerciantes que ficam no espaço entre a mureta do hotel e a praia te oferecendo todo o tipo de artesanato, passeio, isso, aquilo, aquilo outro e aquilo mais. “Estou nadando no Pacífico, estou nadando numa praia africana” esse foi meu pensamento. A água, hum... primeiro a cor: esmeralda, a temperatura: morna muito agradável, a profundidade: na altura da cintura, comportamento: marolas pequenas... O mar aqui é bastante temperamental, as marés variam muito e não tínhamos visto um dia tão bonito quanto foi o de hoje. Saímos da praia, tomamos uma ducha gelada e tichbummm na piscina de novo, para mais 15 minutos de braçadas para lá e para cá... aprendi a mergulhar e a ficar de pernas para o alto essa semana, e também como aumentar minha capacidade de respiração, como bater o pé corretamente, enfim... Nada como ter uma personal-trainner ao seu lado. Em seguida fomos para as atividades da tarde com só 15 minutos de atraso... quase um recorde olímpico...rsrs... já era quinta-feira então as pessoas estavam mais relaxadas com os horários... descobri uma coisa aqui convivendo com tantas pessoas e tantos lugares diferentes: nem todo inglês é pontual, principalmente aqueles que não moram mais na Inglaterra; nem todo o indiano não toca (nem fica cobiçando) em mulher, principalmente quando estão foram da Índia; nem todo norte-americano é tão norte-americano principalmente fora da América; os asiáticos são muito legais e não são tão vidrados por fotografias como todos pensam; os australianos e os africanos tem muito de brasileiros dentro deles; os canadenses são legais de perto – de longe nem tanto; a única coisa que nos diferencial – de forma geral – dos mexicanos é o español; as pessoas são encantadas com o Brasil, sim o cartão de visita – feliz ou infelizmente – é o futebol e o carnaval, mas nada que 5 minutos a mais de conversa, possa mostrar que somos mais e temos mais do que isso para oferecer para o mundo. Essa tarde foi emocionalmente difícil para mim, li um e-mail sobre uma particularidade familiar que realmente me tirou do eixo. Fiquei muito emocionado – com medo, com uma profunda tristeza dentro de meu ser. Queria ir embora, essa era a única coisa que pensava, minha família precisa de mim e eu tenho que ir, mas não posso, não posso estou do outro lado do mundo, a um dia de sair daqui, então conectei na esperança de ter alguém que pudesse ligar para minha família e ter informações mais precisa do que o e-mail que recebi do meu irmão número 02, que me deixou desesperado. Tenho uma coisa, que [re]aprendo a cada dia, amigos são tudo nessa vida o resto é adereço... conversei com meu amigo-google, com a minha amiga-que-sabe-de-tudo; outra amiga-menina-moça-mulher, e com meu amigo-pastor-amigo, esse último mora na mesma cidade que meus pais e ligou imediatamente para meu pai e ao mesmo tempo que conversava comigo com ele ao telefone, conversa comigo pela Internet. Foi um alívio receber maiores informações... em seguida recebo uma ligação do amigo BB do Brasil, também me ajudando.... o conselho era: mantenha-se ocupado, ocupe a cabeça e não pense mais nisso.... foi então o que fiz... Saímos para andar no vilarejo, afim estou ficando maluco de ficar “trancado” nesse hotel. Minha amiga brasileira persol-trainner, comprou duas estátuas feita à mão e de Ébano. Voltamos para a sessão da tarde, foi bastante difícil acompanhar a reunião, então desisti, fui para meu quarto, mas durante o cominho conversamos muito minha amiga brasileira e eu, aquele tipo de conversa para confortar e consolar... aquelas conversas que você conta suas questões que tem alguma semelhança com a história em questão... foi muito legal da parte dela, esse momento especial de conversa... bom tivemos que nos trocar rapidamente, afinal era a noite da confraternização, eu vestido de forma, mais formal possível... fui para a churrascaria que fica dentro do hotel de frente a piscina que os gringos adoravam, pois ficava de frente para o mar. O local decorado com folhas dos coqueiros e algumas flores nativas locais. Tinha churrasco e uma quantidade imensa de diferentes carnes: carneiro, bife, peixes, frango, etc... em seguida entrou um grupo de dança local, muito interessante, as mulheres gritavam e os homens batiam os pés, e em suas pernas algumas sementes grandes faziam o barulho do chocalho. As mulheres tinham no ombro lenços com miçangas coloridas, elas mexiam o ombro e a cintura com uma velocidade incrível... já sei de onde veio o gingado brasileiro, definitivamente da África, mas tenho algo a dizer, nem a mulata mais requebradora chega perto dessa lindas mulheres negras e com um requebrado inimaginável. Em seguida, subimos para a lateral do restaurante, em frente a uma piscina que tinha um pequeno palco, onde um DJ local, tocava músicas, nas noites que não tinham apresentações locais. As músicas 80´s 70´s e algumas 60´s dominavam sua vitrola. Juntamos um grupo e começamos a dançar, de repente alguém me ofereceu uma cerveja, e foram 3 em seguida... Dançamos muito, a noite estava quente eu fiquei muito suado. Em seguida a música foi interrompida, para um stand-up show, muito chato... fazendo imitações não simpáticas de outras culturas, para ilustrar a primeira parte era sobre como os diferentes povos se cumprimentam, e os italianos foram ilustrados como dois caras que se cumprimentavam e roubavam a carteira um do outro, então logo me aborreci e não esperei para ver a encenação do Brasil. Fomos para o bar que fica dentro do restaurante, os mexicanos, os australianos, e os dois norte-americanos que mais parecem brasileiros. A música voltou e para voltarmos a dançar fizemos a maior bagunça, tiramos todas as cadeiras e abrimos o salão, dançando até as 23h30m... a música acabou, e nos despedimos, antes disso eu sorrateiramente tirei a roupa e pulei na piscina, foram 5 minutos preciosos que me separou da bronca que eu tomei do guarda e a corrida até meu quarto. Um banho quente, demorado, em seguida a estranha sensação de que está acabando, pois eu tinha que arrumar a mala. Lavei uma camisa na pia e uma cueca também. Tirei todas as coisas do armário, arrumando, dobrando, separado coisas, vendo o que ia levar e o que não ia levar. Durante a tarde, a mulher dona da tenda “boutique” de vendas me pediu roupas e sabonete... eu separei 3 camisas, e todos os sabonetes e xampus que eu havia “separado” durante essas duas semanas, e vou levar para eles amanhã, ah! separei um hidratante também, para dona Margareth, afinal tenho dois, não preciso de dois. Bom, está passando da meia noite e meia tenho que ir dormir, pois amanhã é o último dia e quero estar bem, para encerrar bem as atividades aqui, e estar inteiro para passar mais dois dias em Nairobi... os planos para Nairobi são visitar o Parque Nacional de Nairobi e conhecer o comércio de rua. yeshuahamashia!

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