terça-feira, 2 de setembro de 2008

Diário Mombassa: dia 01 de Setembro

Diário de Mombassa: 01h, dia 01 de Setembro.

Chegamos no hotel Sun n Sand Resort, completamente mortos, tão cansados que eu não conseguia me concentrar para preencher a ficha do hotel. O local era muito bonito, palmeiras para todos os lados, gramas e todos o complexo pintado de rosa!!! A simpática recepcionista diz: “Eu sei que vocês estão cansados, mas eu tenho que explicar algumas coisas, pois, vocês me informaram que é a primeira vez de vocês aqui, e blá, blá, blá, Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz” após alguns minutos ela nos libera das intermináveis explicações de onde fica isso, onde fica aquilo, aqui não sei o que, lá não sei onde, e etc e tal. Chego no quarto, mas explicações sobre o funcionamento, e blá, blá, blá, 01 dólar de caixinha e um bye, fizeram com que o rapaz excessivamente simpático fosse embora. CAMA! CHUVEIRO! To no céu!? Não, a água do chuveiro na esquentava e era extremamente salgada, isso mesmo, tinha uma forte sensação de estar tomando banho de mar, mas com água descendo por um chuveiro. Ah! Fui escovar meus dentes e a água também era salgada. Coloco o pijama e deito numa cama depois de 14 horas de vôo de São Paulo a Dubai, 16 horas de espera para a conexão, mais 4 horas de vôo até Nairobi, mais 2 horas de espera da conexão, depois 01 hora de vôo de Nairobi até Mombassa e mais 30 minutos de carro, e incluindo o tempo de espera das malas, vai dar umas 40 horas de viagem, ou seja, dois dias e duas horas!!! Viro-me de um lado para o outro na cama e não consigo dormir, estou tão cansado, e demoro muito tempo para dormir. As oito horas da manhã acordo ao som de um corvo cantando, aliás, tem muito corvo (corvo mesmo, não é ...., não). No caminho ao café encontramos outros colegas de serviço. Tomamos café e damos uma volta pelo hotel, do outro lado de uma pequena mureta, que alcançamos por meio de um passaredo de flores, encontramos o mar, ou melhor, o Oceano Índico. Alguns nativos locais começam a conversar oferecendo artesanato “Erick” mostra aqueles pedados de madeira com o nome talhado, outro nativo, vestido a caráter para uma cerimônia tribal, ou uma filmagem da BBC, nos aborda com pulseiras, logo um segurança do hotel chega do nosso lado e nossos ilustres amigos se afastam. O segurança fica encantado quando dizemos que somos brasileiros e faz aquelas menções generalistas sobre o Brasil como o nome de jogadores de futebol. Volto para meu quarto para dormir, na tentativa de assistir algo sou deparado com 3 canais de TV, um local passando uma novela interminável, com direito a sonoplastia caseira, um canal alemão, que eu só entendi os “dankas” e a BBC de Londres, como preciso melhorar ainda mais meu listenning fiquei com ela. Cochilei e acordo já na hora do almoço (eram duas da tarde), comi frango e arroz, descansamos em baixo de um coqueiro a beira da piscina, ensaio a leitura de um livro, mas a preguiça não deixa, então pulo na piscina e ficamos por lá umas 4 horas. Volto para o quarto envio torpedo para meus amigos:
“Carimbo from Mombassa). Após 19 horas de vôo e 16 horas de espera cheguei aqui a 1pm, da segunda-feira, 26 graus, chuveiro frio e água salobra (do chuveiro e da torneira) na tv novela local, mas da janela uma praia espetacular do oceano pacifico[1]. XOXOXO”
Ligo na recepção para perguntar sobre a TV um técnico vem ao meu quarto e diz q todo o bloco onde eu estava com problema na recepção e que só tinham disponíveis mais um canal de esportes que passava futebol, 24hrs!!! Tento escrever um pouco, mas sem inspiração, coloco um CD com pequenos vídeos de Eduardo Galeano, e descubro que meu computador está sem o CODEC necessário para tal operação, então durmo ao som de Ney Matogrosso cantando Cartola. Acordo as 20h e vamos jantar, tomo minha primeira bronca local, vou jantar de chinelo e uma garçonete vem cochichar no meu ouvido que não era permitido chinelo, só por curiosidade, comecei a observar que todos os alemães presentes no hotel estavam usando chinelo – alguns até havaianas – mas tudo bem chamei um garçom e tirei a dúvida do chinelo (não tinha restrição quanto a uso). Na volta observamos um agito, uma música agradável e observamos um solitário funcionário dançando somente com os ombros (e aparentemente muito envergonhado) e outro tocando teclado e cantando, e os alemães assistiam o “show”. Voltamos para o quarto e resolvo assistir a novela do canal africano, a historia era de uma mãe solteira com dois filhos adolescentes – a chamada era “dramas da vida”. Resolvo voltar a escrever para atualizar o diário. PUXA VIDA!!! Que massa!!! To na África!!!! E a ficha ta caindo!!! Até amanhã, quando acessarei a Internet e publicarei esse diário.
[1] Minuto depois sou corrigido pelo Amigo-Google da Turma, o Oceano da minha janela é o Índico. J

Um comentário:

Raniere Pontes disse...

OCEANO PACÍFICO!
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